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Caso Gabriel Sartori

Tribunal do Júri absolve policial acusado de matar adolescente e família da vítima promete recorrer da decisão

Simoni Saris/Grupo Folha
22 fev 2022 às 13:42
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A acusação que representa a família do adolescente Gabriel Sartori deverá recorrer da decisão do júri popular, que na noite da última segunda-feira (21) absolveu o policial militar Bruno Carnelos Zangirolami, acusado pela morte de Sartori, ocorrida em 15 de junho de 2017. O adolescente foi morto em frente a uma escola no bairro onde morava, no jardim Cafezal (zona sul), em Londrina, após ser atingido por um disparo de arma de fogo feito pelo PM.   


O caso teve grande repercussão na cidade. O crime aconteceu em um feriado de Corpus Christi. Segundo testemunhas, Sartori estava acompanhado de outros dois adolescentes em frente à escola onde Zangirolami morava. Ao perceber a movimentação no local, o PM, que estava de folga no dia, foi até a rua acompanhado de um cão para verificar o que acontecia e, na sequência, disparou contra o chão. A bala ricocheteou e atingiu Sartori. Ele tinha acabado de completar 17 anos e hoje estaria com 21. 

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Zangirolami respondia por homicídio com dolo eventual, quando o autor prevê que suas atitudes podem resultar na morte de outra pessoa. O julgamento durou cerca de 11 horas e o Tribunal do Júri reconheceu a materialidade e a autoria do crime, mas a maioria dos sete jurados entendeu que o policial militar agiu em legítima defesa.  

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O júri popular foi fechado ao público em razão dos protocolos de segurança referentes à pandemia de Covid-19. Os familiares de Sartori acompanharam toda a sessão do lado de fora do Fórum Criminal de Londrina e ao saberem da decisão, ficaram indignados. A mãe do adolescente, a gerente comercial Cristiane Sartori, questionou a decisão do júri. “É ridículo dizer que foi em legítima defesa. Foi provado judicialmente, com testemunha, que os adolescentes não tinham como confrontar o policial. O Gabriel era franzino, tinha 1,62 metro de altura. Eram três adolescentes desarmados. Como iriam para cima de um policial que estava com um cachorro de grande porte?” 

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“Nós, da família, estamos vivendo um novo luto. É como se o Gabriel tivesse morrido ontem (segunda-feira) de novo. Todo mundo está sem chão. Depois de cinco anos, estamos sofrendo toda a dor novamente, estamos nos sentindo injustiçados. É muito doído”, desabafou a mãe. “Ele (PM) tinha mil maneiras de se defender se houvesse uma agressão. A última delas seria o tiro. Para mim, nunca vai existir uma fala dele que me convença.” 


A mãe do adolescente também disse ter se sentido humilhada com a chegada de várias viaturas da PM ao local, ao final do julgamento. “Começaram a chegar muitos policiais, inclusive do Choque. Desceram com armas pesadas, dispersando todo mundo como se nós fôssemos bandidos. Me senti muito humilhada na frente do Fórum. Foi horrível o que fizeram para que a gente não visse a saída do Bruno.” 


CONTINUE LENDO: Advogado de Zangirolami defende que Gabriel Sartori investia contra policial quando foi atingido por projétil

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