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Silvio Almeida nega assédio, fala em falsas acusações e diz ter pedido investigação

João Gabriel, Catia Seabra, Julia Chaib e Renato Machado - Folhapress
06 set 2024 às 09:35

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- Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, publicou uma nota na noite desta quinta-feira (5) para negar as acusações de que ele teria cometido assédio sexual.

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"Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", afirmou.

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"Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro".


Os relatos de assédio sexual atribuído a Almeida envolvem casos que teriam ocorrido no ano passado. As acusações foram feitas à organização Me Too Brasil.

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, teria sido uma das vítimas de assédio sexual, segundo o portal Metrópoles, que revelou o caso. A reportagem confirmou as informações.


O ministro disse que "há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências" e que, com isso, "perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro".

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"Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso."


O ministro afirmou que falsas acusações configuram denunciação caluniosa e que "tais difamações não encontrarão par com a realidade". "Fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso."

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Após a publicação da nota, Silvio Almeida divulgou um vídeo. Nele, o ministro repete trechos do comunicado e se refere às acusações como mentiras e denúncias anônimas.


"Eu não vou transigir com a minha honra. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha muito bem orquestrada para afetar minha imagem enquanto homem negro, defensor dos direitos humanos e que tem uma posição de destaque no poder público", disse o ministro.

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"Mas quero dizer para essas pessoas que elas não vão ter sucesso e que eu vou enfrentá-las a todo custo".
Em nota, a organização Me Too Brasil confirmou que recebeu acusações contra o ministro, mas não indicou os nomes das denunciantes.


"A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico", diz a nota.


"Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa", acrescentou a organização.


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