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PF prende general Braga Netto, vice de Bolsonaro, por atrapalhar investigação

Redação Bonde com Agência Brasil
14 dez 2024 às 10:22

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- Marcos Corrêa/PR
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A PF (Polícia Federal) prendeu, na manhã deste sábado (14), o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto. É um dos alvos do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil depois das eleições de 2022. O general estaria atrapalhando as investigações "na livre produção de prova durante a instrução do processo penal". 


Braga Netto foi preso no Rio de Janeiro. A PF faz buscas na casa dele, em Copacabana.

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Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal). 

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Ele será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.

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Foi candidato a vice-presidente em 2022 na chapa com Jair Bolsonaro (PL). Antes, ocupou os cargos de ministros da Casa Civil e da Defesa na gestão de Bolsonaro. Em 2018, comandou a intervenção federal na segurança do estado do Rio de Janeiro. 


Os agentes da PF cumpriram ainda mandado de busca e apreensão na residência do coronel Peregrino, assessor de Braga Netto. 

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Em relatório enviado ao STF, no mês passado, a Polícia Federal apontou que Braga Netto teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de obstrução da investigação. Na ocasião, a PF indiciou o militar e mais 36 acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro. 


A Polícia Federal apurou também que uma das reuniões promovidas para tratar do plano golpista para impedir a posse e matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes ocorreu na casa do general Braga Netto no dia 12 de novembro de 2022.

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Nas investigações do inquérito do golpe, divulgadas em novembro, a polícia afirmou ter na mesa do coronel Peregrino, na sede do Partido Liberal (PL), um esboço de ações planejadas para a denominada “Operação 142”. O nome que se deu ao documento faz alusão ao artigo 142 da Constituição Federal que trata das Forças Armadas e que, segundo a PF, era uma possibilidade aventada pelos investigados como meio de implementar uma ruptura institucional após a derrota eleitoral do então presidente Bolsonaro. O documento encerra o texto com frase “Lula não sobe a rampa”. 


A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Braga Netto.


* Com informações da TV Brasil.


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