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Operação Delivery

Presos em mansão, pai e filho de Londrina comandavam esquema criminoso

Guilherme Batista - Redação Bonde
17 nov 2014 às 15:29
- Agência Brasil
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Os mentores da organização criminosa desbaratada pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (17), por meio da Operação Delivery, moravam em um condomínio de luxo de Londrina. De acordo com as investigações, os dois eram pai e filho. Um deles foi detido de cueca em um "compartimento secreto" dentro de sua mansão. "Ele foi encontrado em uma espécie de armário tentando fugir", contou ao Bonde Valcley Rubens Vendramin, um dos delegados da PF responsáveis por comandar a operação. As identidades da dupla detida em Londrina serão divulgadas só no final da tarde de hoje, após a conclusão dos trabalhos.

Ainda conforme o delegado, eles eram os responsáveis por comandar uma quadrilha de contrabando de cigarros que agia entre o Paraguai e o estado de São Paulo. O grupo, segundo ele, também tinha ramificações em Guaíra e Cascavel (oeste do Paraná), em Londrina e em Curitiba. "A organização criminosa funcionava como uma empresa, com 'funcionários' espalhados por todo o estado", observou.

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Vendramin explicou que, para passar pela fronteira e chegar a São Paulo, o contrabando era acompanhado de perto por diversos "olheiros" e "batedores", entre eles policiais rodoviários estaduais. Três dos oficiais envolvidos também foram detidos por meio da Operação Delivery: um em Cornélio Procópio e outros dois na região de Guaíra. "Os policiais facilitavam a passagem do contrabando pelas fiscalizações e avisava os motoristas das cargas sobre eventuais operações policiais", detalhou o delegado da PF.

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De acordo com ele, a organização criminosa contratava os fabricantes do contrabando no Paraguai e financiava a vinda dos produtos falsificados para o estado de São Paulo, onde os cigarros eram revendidos para inúmeros estabelecimentos comerciais. Só neste ano, de acordo com Vendramin, o Governo Federal deixou de arrecadar R$ 104 milhões em impostos por conta do esquema criminoso. "Os prejuízos totais são incalculáveis", acrescentou.

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Até o início da tarde desta segunda-feira, 31 pessoas haviam sido presas pela Polícia Federal (três na região de Londrina, treze em Guaíra, oito em São Paulo, quatro em Curitiba, duas em Cascavel e uma em Mundo Novo). A PF também cumpriu 37 mandados de busca e apreensão em diversas cidades paranaenses e paulistas.


Foram apreendidos diversos caminhões, que, juntos, valem R$ 10 milhões, além de 6 milhões de pacotes de cigarros. A polícia também fechou escritórios e barracões, segundo Vendramin. Questionado sobre desde quando a organização criminosa operava na fronteira, o delegado falou em cinco anos. "Mas não dá para precisar", afirmou. "Algumas das pessoas presas hoje estão sendo investigadas pela PF há muito tempo", concluiu.

A Operação Delivery deve ser realizada pela Polícia Federal até o final da tarde desta segunda-feira.


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