Polícia

Polícia investiga 'pichadoras do PCC' do Norte Pioneiro

01 jul 2019 às 07:00

A Polícia Civil de Assaí (Norte Pioneiro) abriu um inquérito para investigar a suposta ligação de uma jovem de 19 anos com o PCC (Primeiro Comando da Capital), fundado no início dos anos 90 em um presídio de Taubaté (SP). No dia 13 de junho, ela foi presa pela Polícia Militar com mais duas adolescentes de 17 e 13 anos pichando o asfalto e o poste de uma avenida de São Sebastião da Amoreira com mensagens referentes à facção criminosa.


O delegado Felipe Akio Hirata, responsável pelo caso, disse que a investigação "está no início e ainda não foi possível comprovar com certeza que ela seria integrante do PCC, mas existe a suspeita". Segundo a PM, as três foram detidas com um balde de tinta, rolos e pincéis pintando mensagens que remetem a pessoas que possivelmente são responsáveis pelo tráfico de drogas no bairro onde a pichação aconteceu.


Divulgação/Polícia Civil


Interrogada, ela desmentiu a versão da polícia. Contou que estava ajudando amigos a pintar o banheiro e as menores permaneciam na rua. "Saí pra levar um pincel e eles (PMs) chegaram, já falando pra eu colocar a mão na cabeça. Não escrevi nada no chão", disse. Também não soube explicar o significado do "1533", número que os agentes atribuíram à inscrição no PCC, muito menos as outras grafias.


Para os policiais que atenderam a ocorrência e prestaram depoimento, "a pichação tem o único objetivo de intimidar os moradores, evitando assim que atos criminosos sejam denunciados, tanto é que as pessoas há certo tempo não querem mais se identificar com medo de retaliações e represálias".


Divulgação/Polícia Civil


Conforme a PM, a jovem "é envolvida com um rapaz que está preso em Assaí. Uma das adolescentes jogou drogas na semana passada na delegacia para os detentos". Essa foi a primeira vez que Alessandra foi presa, mas já terá uma ficha criminal recheada com autuações por apologia ao crime, associação criminosa, corrupção de menores (duas vezes) e por pichar edificação ou monumento urbano.

Ela foi solta no dia seguinte durante audiência de custódia e sequer necessitou pagar fiança. A Prefeitura de São Sebastião da Amoreira confirmou ao Bonde que pintou neste final de semana os locais pichados.


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