A PCPR (Polícia Civil do Paraná) já identificou o autor de um disparo que atingiu um ônibus de estudantes em frente ao Tiro de Guerra de Bandeirantes (Norte), no dia 23 de novembro. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, “a princípio, o ônibus foi atingido por disparos de arma de ‘airsoft’ e uma pedra”. A identidade do suspeito não foi revelada.
Um inquérito policial apura as circunstâncias do ato contra os estudantes e os envolvidos e testemunhas estão sendo ouvidas pela Polícia Judiciária.
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De acordo com o relato de estudantes e convidados que estavam no coletivo, os alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Cyriaco Russo retornavam de uma apresentação em Itambaracá em ritmo de festa quando, ao passar em frente ao Tiro de Guerra, fizeram a leta L com a mão - gesto associado ao presidente eleito Luiz Inácio lula da Silva – e, em reação, manifestantes que pedem intervenção ao Exército contra o resultado democrático das urnas dispararam contra o coletivo.
Duas janelas foram quebradas e os estilhaços cobriram alguns passageiros, mas não houve feridos. Diante da agressão, o motorista levou estudantes e a diretora até a Polícia Militar, que registrou a situação em um boletim de ocorrência.
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De acordo com a PM, pouco depois de os estudantes registrarem a agressão, outras pessoas que permanecem acampados em frente ao TG registraram sua versão dos fatos, em outro boletim de ocorrência, acusando os passageiros do ônibus de falsa comunicação de crime.
Segundo a versão dos manifestantes, não procede que o ataque teria ocorrido em Bandeirantes. Eles teriam "tomado conhecimento” de que o ônibus foi alvo de apedrejamento em Itambaracá e que os alunos estariam tentando atribuir o dano aos manifestantes.
Passageiros do ônibus, entretanto, afirmam que esta versão não faz sentido. “É mentira, o nosso ônibus chegou intacto aqui [Bandeirantes]. A cidade de Itambaracá sempre nos recebe com o maior carinho do mundo e, dessa vez, não foi diferente, fomos bem recebidos do começo ao fim, desde o público quanto a organização do evento nos trataram com o maior zelo”, disse um deles ao Bonde.