O Posto de Combustíveis Via Expressa, localizado na Avenida 10 de Dezembro, na zona Sul de Londrina, foi alvo de um assalto violento, no início da tarde desta segunda-feira. Um homem bem vestido esperou por 20 minutos, até que o gerente Ismael Anselmo, 50 anos, saísse do escritório com o malote com o diheiro arrecadado no final do semana para ir ao banco. Depois de render o gerente, o assaltante ainda disparou um tiro contra ele e fugiu, em uma moto, levando R$ 21 mil em dinheiro e R$ 15 mil em cheques. Ninguém ficou ferido.
De acordo com Anselmo, a ação do assaltante foi premeditada. ''Ele sabia a hora que eu costumava ir ao banco, entre meio-dia e 1 hora, e ficou me esperando pacientemente. Até comprou e pagou uma cerveja na loja de conveniência para me esperar com calma, sentado em uma mesinha'', disse. Segundo o gerente, o posto estava cheio de funcionários e clientes, mas ninguém desconfiou de nada. ''Quem poderia esperar algo assim? A funcionária que vendeu a cerveja disse que ele foi educado e amável ao conversar com ela'', contou.
Anselmo foi rendido quando passava pela mesa onde o assaltante bebia. ''Eu só percebi quando ele tirou o revólver da pasta que carregava mas aí não deu tempo de fazer nada'', lamentou. Ele contou que o ladrão encostou o revólver em suas costas e mandou ficar quieto, senão atiraria. Em seguida, empurrou o gerente, que caiu, e pegou o malote, saiu e se encontrou com um motoqueiro (caracterizado como mototaxista, com colete e capacete laranjas), que o esperava. ''Eu me levantei e comecei a gritar que era um assalto. Aí ele se virou e atirou em mim. Por sorte, a bala atingiu a coluna perto de onde estava'', contou. Na sequência, o assaltante subiu na moto e fugiu.
Segundo o gerente, o assaltante era um rapaz de cerca de 25 anos, claro e de boa aparência. ''Ele usava calça e camisa sociais, estava com uma pasta do Sindserv (Sindicado dos Servidores Municipais de Londrina) e tinha a barba por fazer'', descreveu.
Anselmo disse que pretende acionar o Estado por perdas e danos pela falta de segurança. ''Esta não foi a primeira vez que fomos assaltados. Na hora de cobrar nossos impostos, o governo é eficiente. Porém, na hora de nos proteger, deixa a desejar'', afirmou. Até o fechamento dessa edição, não havia suspeitos da autoria do assalto.