A Justiça de Arapongas converteu as prisões de flagrante em preventivas dos pais e da avó da bebê Sophia, que tinha pouco mais de um ano e foi levada já morta na noite da última terça-feira (19) para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade. Com a decisão, os três ficarão presos por tempo indeterminado na cadeia municipal e devem passar por audiência de custódia. Os três estavam detidos desde o dia do crime.
Eles, que ainda não constituíram advogados, foram identificados como Roger da Silva Ribeiro, Eduarda da Silva Bernardo e Maria Aparecida da Silva. O IML (Instituto Médico Legal) de Apucarana informou que a criança morreu por ter sido agredida, mas o laudo de necropsia atestou lesões nas partes íntimas, o que indica que ela teria sido estuprada. Segundo a Justiça, "os indícios de autoria encontram-se perfeitamente satisfeitos".
Leia Mais
Trio incendeia casa de família de menina morta em Arapongas
Pela primeira vez, a decisão traz detalhes dos depoimentos de policiais militares e da psicóloga que atendeu os outros filhos do casal preso. De acordo com os agentes, a mãe "estava preocupada com a situação do marido, não demonstrando sentimentos pela perda da filha". Já a avó "estava com medo de ser presa e em nenhum momento se compadeceu pela morte da neta".
A outra profissional que prestou depoimento ficou encarregada de encaminhar outros filhos de Roger e Eduarda para um abrigo. O rapaz havia sido condenado a mais de quatro anos em regime semiaberto em junho de 2018, mas teve um mandado de prisão expedido pela Justiça no mesmo dia em que Sophia morreu porque não foi encontrado para receber a intimação da sentença.
As suspeitas que recaem sobre o trio geraram revoltas nos vizinhos da rua Pavão, no jardim Bandeirantes. Na noite de quarta-feira (19), a casa deles foi incendiada. O Corpo de Bombeiros soltou três cães que estavam presos, mas não conseguiu resgatar alguns periquitos que morreram com o fogo. Quase nada da residência poderá ser reaproveitado. A polícia ainda não tem pistas dos autores do incêndio.