Polícia

Golpistas miram em funcionários da Assuel para aplicar extorsões em Londrina

22 set 2022 às 18:36

Servidores da Assuel (Sindicato dos Técnicos-administrativos da UEL) entraram no alvo de golpistas que tentam extorquir cidadãos com ações no TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná). Até esta quinta-feira (22), pelo menos dois servidores da UEL haviam caído no golpe e, juntos, perderam R$ 9,9 mil. A entidade emitiu um alerta em seu site oficial e nas redes sociais para evitar que mais pessoas sejam vitimas dos golpistas e o departamento jurídico da entidade acionou a polícia.


Segundo o advogado da Assuel, Maurício José Morato de Toledo, o golpe dos precatórios começa no site do TJ-PR, onde estão as informações sobre os autores de ações que tramitam no tribunal. De posse de dados pessoais das possíveis vítimas, os criminosos entram em contato pelo WhatsApp e solicitam o pagamento de valores altos que seriam necessários para arcar com as custas do processo. 


Toledo disse que esse tipo de golpe começou a ser praticado há cerca de um ano, mas as investidas passaram a ser mais frequentes nos últimos meses. "Na maioria dos casos, os servidores contatados possuem uma ação ou tiveram uma ação contra o Estado. Mas eles não estão filtrando tanto. Eles usam uma mensagem padrão, no caso com o nome do nosso escritório, nossos advogados, número da nossa OAB. Informam um número de processo que não é verdadeiro e informam um telefone para retorno que não é o nosso. Tentaram até dar o golpe em mim, usando o nome do meu escritório." Contataram mais de mil clientes nossos."


O advogado disse que, até o momento, dois servidores da Assuel caíram no golpe. Um deles depositou R$ 4,9 mil na conta dos farsantes e o outro, perdeu R$ 5 mil. Toledo orienta a não fazer pagamento algum antes de se certificar com o escritório de advocacia por meio do número de telefone do escritório. Ele também orienta a procurar a polícia para registrar a tentativa ou a consumação do golpe. Mas adianta que reaver os valores transferidos aos criminosos é praticamente impossível. "Eles são rápidos. A cada três dias, mudam o número de telefone. Tenho repassado à polícia cada número novo. Eles também sacam logo o dinheiro que entra na conta deles."


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