Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Justiça

Ex-aluno da FGV que chamou colega negro de escravo recebe três condenações

Diego Alejandro - Folhapress
10 set 2024 às 18:29

Compartilhar notícia

- Reprodução/Canva
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um ex-aluno da FGV (Fundação Getulio Vargas) foi condenado nas esferas criminal e cível pelo crime de racismo. Em 2018, Gustavo Metropolo postou em um grupo de WhatsApp uma foto do colega João Gilberto Lima, que é negro, perguntando se alguém havia perdido um "escravo".

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Metropolo também foi condenado na esfera administrativa, mas o processo ainda aguarda recurso. Procurado pela reportagem, o escritório que defende Metropolo declarou que não vai se manifestar.

Leia mais:

Imagem de destaque
Zona leste

Feto é encontrado nas grades de limpeza de estação de tratamento da Sanepar em Londrina

Imagem de destaque
Escondido em uma chácara

Homem morre em confronto com a PM durante cumprimento de mandado de prisão em Cambé

Imagem de destaque
Por meio de vídeos e fotos

Homem denunciado por estupro contra adolescente de Cornélio é preso no Amapá

Imagem de destaque
Região

Homem é preso com peixes e patas de capivara em Operação Piracema em Jaboti

Segundo o Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), que representou Lima no processo, o caso transitou em julgado na área criminal quando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou, em junho, um recurso da defesa de Metropolo. Foi estabelecida uma pena de dois anos de reclusão, mas o réu não será preso dada a possibilidade, autorizada pela Justiça, de substituição da prisão por prestação de serviços à comunidade.

Publicidade

As duas condenações restantes -cível quanto e administrativa- resultam em multas a serem pagas por Metropolo.

"Ao somarmos os valores de indenização [cível] e sanção pecuniária [administrativa], chegamos ao total de condenação a pagamentos pelo ex-estudante da FGV, Gustavo Metropolo, de soma de R$ 120.977,34", segundo o Ceert.

Publicidade

Hoje formado em administração pública, Lima afirma que a motivação para fazer a queixa e seguir em frente no processo foi mostrar a importância de denunciar esse tipo de caso.

"Às vezes a gente sabe da impunidade e de como as coisas acontecem no Brasil. Mas não podemos deixar essas pessoas confortáveis. Eu espero que esse caso sirva de exemplo para outros que vierem pela frente", declara.

Publicidade

Relembre o caso


Após a divulgação nas redes sociais da mensagem racista de Metropolo, a FGV suspendeu por três meses o aluno, então com 19 anos. Em nota, a fundação informou ter aplicado as sanções previstas em seu Código de Ética e Disciplina assim que tomou conhecimento da mensagem.

A vítima registrou boletim de ocorrência por injúria racial. Metropolo chegou a tentar negar na época a autoria do crime e disse que o seu celular havia sido roubado e clonado. Ele tinha um boletim de ocorrência de quatro meses antes do caso de racismo.

Metropolo voltou antes dos três meses, após obter uma liminar. Os alunos protestaram com reuniões e cartazes com a frase "o racista voltou".

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo