A Polícia Civil de Maringá identificou hoje integrantes de uma quadrilha responsável pela operação de centrais clandestinas de telefone. Nos últimos dias foram localizadas 46 linhas distribuídas em cinco centrais sendo quatro em Maringá e uma em Sarandi. Grande parte das ligações são para países do Oriente Médio. As faturas já passam de R$ 100 mil. A polícia suspeita de ligações para grupos terroristas e de negócios para lavagem de dinheiro do narcotráfico brasileiro.
Na operação realizada hoje, a polícia identificou uma central na Avenida São Paulo, centro da cidade, com seis linhas, e outra no Jardim Alvorada, maior bairro de Maringá. Na casa do Alvorada, a polícia localizou 11 linhas telefônicas e prendeu o vendedor José Antonio de Sá, 33 anos. O vendedor disse que permitiu a instalação das linhas em sua casa mas não soube explicar como operava a central. No lixo do quarto do vendedor, a polícia encontrou uma série de faturas telefônicas rasgadas. Um computador também foi apreendido.
No caso das outras quatro centrais, o método utilizado por uma quadrilha - identificada pela polícia - sempre foi o mesmo. Duas ou três pessoas locavam um imóvel simples e pagavam o aluguel de um mês adiantado diretamente para o dono da casa. Depois de 20 a 30 dias fugiam. As faturas chegavam em seguida. A polícia descobriu estes casos porque os donos dos imóveis, além de estranhar a atitude dos inquilinos, acabavam abrindo as faturas recheadas com ligações para o Oriente Médio, África e Ásia.
* Leia mais em reportagem de Marta Medeiros na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira