O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, participou nesta segunda-feira (16) da implantação, na sede da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em Curitiba, de um sistema alternativo de decomposição de resíduos orgânicos – chamado de decompositor biológico. O sistema utiliza minhocas californianas que se alimentam dos resíduos depositados em um reservatório, transformando-os em adubo orgânico (húmus).
Segundo a Agência Estadual de Notícias, o decompositor foi idealizado pela KRAS Sistemas de Gestão Ambiental. A iniciativa já havia sedio apresentada na Feira sobre Uso Consciente de Recursos - promovida em Curitiba pelo HSBC Bank Brasil com apoio da Secretaria em junho, durante a Semana do Meio Ambiente.
Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o decompositor biológico deve ser visto como mais uma alternativa para solucionar o problema dos resíduos sólidos. "52% do lixo produzido no país é matéria orgânica e o uso do decompositor biológico pode ser o primeiro passo na redução dessa porcentagem, uma vez que a tecnologia é simples, eficaz e de alcance da população", comentou Rasca.
Durante a apresentação do sistema, feita pelo presidente da KRAS, Alexandre Schlegel, os funcionários da Secretaria conheceram o processo de decomposição biológica para o chamado "lixo verde" – restos de vegetais e alguns tipos de alimentos como, por exemplo, o arroz, cereais, cascas de ovos, borra de café e pão.
Decompositor – Chamado de DB-5, o decompositor biológico é um sistema para destinação do lixo orgânico. Nele, os resíduos são colocados em caixas de concreto onde minhocas vermelhas da Califórnia e o contato com umidade e ar aceleram o processo de decomposição – resultando em húmus, que pode ser aproveitado para adubar jardins em substituição à terra preta.
Segundo Alexandre, a caixa de concreto pode ser feita em dois tamanhos: residencial (que tem um custo de R$ 280,00 e atende uma família de até cinco pessoas) e industrial (com tamanho e valor variável conforme o porte da empresa).
"No caso do decompositor biológico residencial, dentro do reservatório são colocados cinco quilos de minhocas, que são da espécie Eisenia foetida, já cultivada no Estado, junto com o substrato", explicou Alexandre.
Ele ainda destacou que o reservatório também é ecologicamente correto, porque faz uso da brita leve – restos de sola de sapatos, que são trituradas e substitui a pedra brita.