Detentos de ao menos quatro unidades do Paraná promoveram, neste domingo (14), rebeliões que ocorreram simultaneamente no início da tarde. Os motins seriam solidários à onda de ataques realizada pelo PCC (Primeiro Comando do Capital) desde sexta-feira (12) em São Paulo. Até então, todas as rebeliões deste final de semana ligadas à facção haviam sido registradas dentro do Estado de São Paulo, local de origem do grupo. A série de motins ocorreu em Toledo, Cascavel, Assis Chateaubriand e Foz do Iguaçu, onde a rebelião foi ainda mais intensa.
Segundo funcionários das quatro unidades, os presos envolvidos não fizeram nenhuma reivindicação específica, confessaram fazer parte do PCC e alegaram estar seguindo ordens da facção de São Paulo. Na Delegacia de Toledo, onde estão 140 presos, a rebelião começou por volta das 14h30 e durou pouco mais de uma hora. Não houve reféns nem feridos. Em Cascavel, na delegacia que possui cerca de 490 presos, o tumulto ocorreu no período da manhã. A confusão durou cerca de uma hora, também sem reféns nem feridos, mas diversas celas e objetos foram destruídos.
A Delegacia de Assis Chateaubriand foi tomada pela rebelião por volta das 15h. Segundo funcionários, todos os 47 presos da delegacia estiveram envolvidos na confusão, que apesar de ter durado cerca de duas horas, não teve reféns nem feridos, apenas destruição de objetos.
A rebelião foi mais intensa na cadeia de Foz do Iguaçu, onde o movimento atuou de forma ainda mais organizada. O tumulto, que teve início às 10horas e ainda não terminou.
Além de ter destruído celas e tomado conta de parte da unidade, os presos fizeram um funcionário de refém. Durante todo o tempo, a cadeia estava cercada por policias para que não houvessem fugas.
Mato Grosso do Sul
Rebeliões de "solidariedade" também ocorrem em quatro penitenciárias no Mato Grosso do Sul. A primeira rebelião teve início por volta das 11h30 na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande. Os detentos também estão rebelados e declaram apoio ao PCC nas penitenciárias de segurança máxima de Três Lagoas e Dourados.
Há rebelados no presídio de Corumbá, mas ainda não foi confirmado se a ação está relacionada à megaoperação de violência em SP.
Nesta última unidade de MS não há reféns, ao contrário do que acontece em Campo Grande (grupo de reféns formado por três agentes e diversos familiares), Três Lagos (quatro agentes e uma enfermeira) e Dourados (cinco agentes, uma enfermeira e um visitante). Em Campo Grande, os detidos hastearam uma bandeira com a inscrição "PCC-MS".
Fonte: Folha de Londrina e Folha Online
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