O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está desenvolvendo uma operação de combate à pesca ilegal do camarão durante o período de defeso (época de reprodução). De sábado até ontem, mais de 300 quilos foram apreendidos e quatro barcos autuados no Litoral do Paraná.
A fiscalização vai até quinta-feira. Oito fiscais do Ibama estão percorrendo as praias divididos em três equipes (duas com barco e uma terrestre). Os camarões apreendidos foram colhidos com redes, a chamada pesca de arrasto. Esse tipo de pesca é proibida entre os meses de março a maio, que é a época de defeso.
De acordo com um dos coordenadores da operação, Paulo Roberto Matoso Dittert, os mercados que vendem produtos do mar também estão na mira dos fiscais do Ibama. Todo camarão fresco é apreendido. Antes do começo do período de defeso, cada pescador foi obrigado a fazer uma declaração ao Ibama especificando a quantidade de camarão que tinha em estoque e que seria comercilizado durante a proibição da pesca.
Os pescadores infratores são multados em R$ 700,00, mais R$ 10,00 para cada quilo de camarão apreendido. Eles respondem a processo e podem ser condenados de um a três anos de reclusão, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais.
"A operação coincide com a Semana Santa, que é uma época na qual aumenta a pesca", conta Matoso. Nos dois primeiros dias é que foi apreendida a maior quantidade de camarão, no sul do Litoral. Ontem, a chuva atrapalhou a fiscalização no norte.
No final da tarde de ontem o Ibama recebeu denúncias de que barcos estariam fazendo novamente pesca de arrasto no sul. "Estamos enviando os fiscais novamente para lá", afirmou Matoso.
Todo o camarão apreendido foi doado para instituições de caridade do Litoral.