O Procon de Maringá encaminhou notificações para marcas de álcool em gel que foram reprovadas em teste de qualidade e rotulagem. O resultado divulgado na semana passada apontou que entre as 32 marcas analisadas, 79% foram reprovadas na rotulagem e 47% no teor alcoólico, o que coloca usuários em risco pela prevenção contra coronavírus.
Os produtos devem ser recolhidos das lojas. "Também vamos comunicar o Ministério Público e a Vigilância Sanitária para procedimentos devidos. As marcas irregulares podem ser recolhidas", informa fiscal do Procon, Bruno Bieli.
As marcas tem dez dias úteis para apresentarem defesa para Procon após notificação. Apenas duas marcas foram aprovadas nos dois quesitos. Outras duas aprovadas parcialmente, com restrições na rotulagem. As duas marcas aprovadas foram Vult e Asseptgel. As aprovadas com restrição foram Kilt e Darrow. Já outras duas foram aprovadas somente na rotulagem.
Os produtos devem atender determinações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Caso problema continue, o Procon pode multar, entre outros procedimentos e sanções. A multa varia entre R$ 720 e R$ 9 milhões. O caso pode resultar até em recolhimento dos produtos e num recall por parte das marcas.
Entre os problemas na rotulagem estão letras pequenas, descrição do produto incompleta, falta de números, documentos e dados e registros na Anvisa, falta de orientações e alertas aos consumidores, falta de descrição da composição do produto, entre outras situações que não comprovam qualidade e colocam o consumidor em risco.
Já na qualidade do álcool em gel, há fabricação com produtos inadequados que interferem na qualidade e eficiência do combate ao coronavírus. Inclusive não sendo 70º (indicando que é 70% de massa de álcool e 30% de massa de água), o mais eficiente na desinfecção de superfícies e higienização das mãos. O teste foi feito pelo Departamento de Farmácia da UEM, em parceria que mantém com Procon.