O número de adoções no Paraná caiu 12% nos nove primeiros meses de 2024 se comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), foram 428 adoções entre janeiro e setembro deste ano contra 479 em 2023. O número, no entanto, ainda é superior ao registrado no mesmo período desde 2019, quando os dados começaram a ser computados.
A promotora Fabiana Pimenta Soares, da 22ª Promotoria de Justiça de Londrina, atua na área da Infância e explica que a redução no número de adoções entre 2023 e 2024 pode ter como causa alguns pontos, como o melhor funcionamento das políticas públicas que servem de suporte às famílias, permitindo controlar a situação de risco antes que a criança ou adolescente precise ser retirado da casa.
“Pode-se pensar em um menor número de crianças e adolescentes acolhidos, o que vai gerar, proporcionalmente, uma redução no número de crianças e adolescentes disponíveis para adoção”, aponta.
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No Paraná, a idade mais procurada pelos adotantes é de crianças entre 4 e 6 anos, seguido de 2 a 4 anos. Essa também pode ser uma das justificativas para a queda de adoções, já que há poucas crianças disponíveis nesse perfil.
“Se a gente tem um número maior de adolescentes que estão disponíveis para adoção, nós não vemos o processo evoluindo, já que a maioria dos pretendentes prefere um perfil de criança de até 10 anos de idade”, explica. Por fim, aponta, a pandemia de Covid também pode ter contribuído para o cenário, já que prolongou o processo de adoção.
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