O prefeito de Cafezal do Sul (29 quilômetros a oeste de Umuarama), Mário Morim (PSDB), informou nesta quarta-feira que não pretende retirar o ''cavalódromo'' instalado na avenida Ítalo Orseli, a principal da cidade.
A estrutura com bebedouro, montada para quem chega à cavalo deixar os animais amarrados, irritou moradores das proximidades.
Morim disse à Folha que o ''cavalódromo'' foi uma reivindicação da própria comunidade e que até agora nenhum morador o procurou para reclamar.
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Segundo o prefeito, Cafezal é um município pequeno (cerca de 5 mil habitantes), com economia baseada na agropecuária e muitos moradores ainda usam o cavalo como meio de transporte.
Ele alega também que o lugar não é impróprio. ''Fica em frente a entrada da Sociedade Rural, onde são realizadas provas de laço e a tradicional Cavalgada do Trabalhador. Nossas provas de laço são destaque regional e muito apreciadas pela população'', justificou Morim.
O prefeito garante que o ''cavalódromo'' não vai ocupar o espaço das crianças brincarem porque o parque infantil fica numa área reservada ao lado da praça.
Segundo Morim, as críticas feitas pelo funcionário público Adalberto Pereira Borges são perseguição política. ''Não é a primeira vez que faz denúncias infundadas e está sendo processado'', informou.
Borges e outros moradores reclamam que o ''cavalódromo'' foi instalado numa área residencial, em local bastante freqentado por adultos e crianças e a menos de 10 metros de distância da rodoviária.
Segundo eles, os dejetos dos animais provocarão mau-cheiro e proliferação de insetos, além de alertarem para o perigo de acidentes e transmissão de doenças para os moradores.
Morador em frente ao ''cavalódromo'', o comerciante José Farias disse que, pelo menos, 10 moradores querem a retirada da estrutura.
''Nós vamos aguardar resposta de pedidos a serem apresentados ao prefeito. Se ele ignorar, tomaremos outras providências'', adiantou.