Mulheres e familiares de presos realizam um protesto na Cadeia Pública de Arapongas, região metropolitana de Londrina. Cerca de 20 pessoas estão em frente à unidade, localizada na rua Tucanos, centro da cidade, desde a manhã desta sexta-feira (30).
A confusão começou nesta manhã, depois da tentativa de fuga de um preso. Segundo informações apuradas pelo Portal Bonde, os presos serraram o solário, mas não conseguiram efetuar fuga. Desde então, familiares estão no local, reclamando da superlotação, más condições de higiene e estruturais.
Por volta das 16h30 desta sexta-feira (30), um grupo de aproximadamente 10 mulheres derrubaram uma caçamba disposta em frente à Delegacia e atearam fogo. A situação foi contida com a presença da Polícia Militar, Guarda Municipal (GM) e Corpo de Bombeiros que estão no local fazendo o monitoramento da área. O entorno da delegacia está parcialmente isolado.
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Durante a manhã, o delegado da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas (SDP), Osnildo Carneiro Lemes, conversou com os presos por cerca de 30 minutos na tentativa de acalmar os ânimos. Em seguida, um grande contingente de policiais entrou na cadeia para fazer a revista.
Com capacidade para 38, a cadeia abriga, atualmente, 200 presos. A esposa de um deles, Josiana Aparecida Domingues, reclama das condições subumanas as quais os detentos são submetidos. "Eles estão sem comida, água e em um local muito pequeno. Temos medo do que a Polícia pode fazer com eles. Além disso, os agentes limitam as visitas apenas às segundas-feiras. Como trabalhamos durante a semana, não conseguimos visitá-los", disse ao Portal Bonde. Ela pede que Poder Judiciário reveja a situação de detentos que já teriam cumprido pena e ainda estariam atrás das grades. "Meu marido foi condenado a 2 anos, seis meses e 20 dias e continua preso; já vai fazer três anos", alegou.
(Atualizada às 17h)