O projeto de EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) para implantação do transporte de passageiros, o chamado “trem pé-vermelho” - que vai interligar Londrina a Maringá - está em elaboração e deve ficar pronto em julho do próximo ano.
A informação foi repassada nesta terça-feira (12) pelo secretário nacional de Transporte Ferroviário do MT (Ministério dos Transportes), Leonardo Ribeiro, durante reunião com a deputada federal Luísa Canziani (PSD), que está liderando as discussões regionais, e que contou com a participação de Danaê Fernandes, secretária de Segurança Pública e Transportes de Cambé, além de técnicos da secretaria e de responsáveis pelo projeto.
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Segundo Ribeiro, a Volar Engenharia - empresa contratada pelo governo federal para a realização do EVTEA - está na fase inicial de elaboração do projeto, enquanto a Infra S.A. (empresa pública federal, vinculada ao MT, que presta serviços de planejamento, estruturação de projetos, engenharia e inovação) iniciou conversações com o governo do Estado e com as prefeituras envolvidas para coletar informações a respeito de projetos já elaborados. A intenção de compartilhamento da malha ferroviária existente deverá ser tecnicamente estudada. O trajeto inicial seria de Paiçandu a Ibiporã, em uma região que abriga cerca de 2 milhões de pessoas.
A deputada Luísa Canziani lembra que a implantação do trem pé-vermelho é um sonho antigo de toda a Região Norte do Paraná que começa a sair do papel. "Atualmente falar em transporte de passageiros é falar de mobilidade urbana, de transporte mais ágil e econômico para os trabalhadores. Além disso, o projeto poderá prever a resolução do conflito ferrovia X cidade nos municípios que convivem com esse problema, levando também mais segurança à população”, salienta a deputada. Durante a reunião, Danaê Fernandes, informou que o projeto funcional, contratado pelo governo estadual, foi concluído em outubro.
Embora esse projeto não seja de domínio público, a sugestão apresentada seria a implantação de uma outra malha para abrigar o transporte de passageiros. A incompatibilidade de horários dos trens e a diferente forma de manutenção seriam algumas das justificativas. “O projeto apresentado prevê a ligação dos aeroportos de Maringá e Londrina, o que possibilitaria o transporte de cargas de alto valor agregado, que hoje não existe. Além disso, compreenderia a primeira ciclovia regional do País, interligando diferentes cidades ao longo de mais de 100 quilômetros”, afirma Danaê.
Está agendada para o final deste mês mais uma reunião para discutir a implantação do trem pé-vermelho, mas dessa vez, deverá ter a participação de representantes do governo estadual para que haja um alinhamento entre os projetos e a viabilidade.
Integração regional
A implantação do “trem pé-vermelho” também foi discutida no final da semana passada pelo G6 - grupo de prefeitos eleitos de seis municípios do Norte do Paraná (Londrina, Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Apucarana) como forma de fortalecer a integração regional. Além disso, estudos preliminares apontam que o transporte de passageiros deve passar por todos esses municípios.
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