Paraná

Licença da Repar depende de resultado da auditoria

04 jun 2001 às 20:00

A licença de operação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, depende do resultado da auditoria externa, que começou na empresa. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) pretende utilizar as informações colhidas pela Bureau Veritas - que faz a avaliação em sistema de gestão de qualidade, segurança e meio ambiente - para validar a licença, que está vencida desde setembro do ano passado. A Petrobras opera com autorização provisória, enquanto tramita o processo no IAP.

A coordenadora Estudo e Padrões Ambientais do IAP, Ana Cecília Nowacki, explicou que o material apresentando pela auditoria vai detalhar a estrutura da refinaria -desde equipamentos aos sistemas de segurança e produção. "O resultado da auditoria vai ter que ser público e será um raio-x para que a sociedade da Petrobras", afirmou o diretor executivo da Sociedade de Pesquisa da Vida Selvagem (SPVS), Clóvis Borges.


Ana Cecília explicou que a autorização de licenciamento atinge também as outras unidades da Petrobras no Paraná. Até o final de julho, vão ser auditadas os dutos da empresa que cruzam o Paraná, as unidades de Paranaguá, São Mateus do Sul (que explora o xisto) e os tanques em Araucária. "O setor de distribuição da Petrobras ficou de fora, mas pode ser feito junto com outras empresas como Shell e Texaco", complementou Borges.


A coordenadora do IAP disse que o relatório da auditoria que está sendo feita na Repar deve ser concluído em 30 dias. No entanto, na sexta-feira, um pequeno resumo deve ser divulgado pela Bureau Veritas.


As inspeções na Refinaria foram determinadas pela Resolução 265 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), após sucessivos acidentes ocorridos na empresa. De 1999 até o fim de semana, somente no Paraná, foram registrados nove incidentes. Ao todo vazaram cerca de 4,8 milhões de litros de petróleo.


O trabalho dos quatros auditores da Bureau Veritas - Carlos Alberto Marinho, Maria Cristina Pereira, Hugo Pacheco e Francesco Cerbino - está sendo acompanhado por uma técnica indicada pelas entidades ambientais, que vai prestar serviços ao IAP - Alika Pires.

Leia mais em reportagem de Israel Reinstein, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira


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