Após pedido da Procuradoria Geral do Estado, a Justiça concedeu a reintegração de posse da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), ocupada por servidores desde o final da tarde de quarta-feira (11), quando os deputados aprovaram com 34 votos a transformação do plenário em comissão geral para votação do "pacotaço" sem necessidade de avaliação de comissões específicas. Após o resultado, o plenário foi ocupado pelos manifestantes que acompanhavam os trabalhos da Casa nas galerias.
Segundo a assessoria de imprensa da Assembleia, o oficial de Justiça está desde às 3h30 na sede do Legislativo na tentativa de notificar o presidente da APP Sindicato, Hermes Silva Leão.
"Na liminar, o juiz de Direito Substituto, Paulo Guilherme Mazini, estabelece multa individual para os três líderes da invasão, Hermes Silva Leão, Cleci Martins e Giovani Vieira. A multa fixada é de R$ 10.000,00 para cada hora de atraso no cumprimento da liminar de reintegração de posse, a partir das 5h30 desta quarta-feira", informou a Alep.
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A decisão da Justiça ainda autoriza a utilização de " força policial pública" se não houver "imediata desocupação do prédio de forma voluntária, pacífica e organizada".
Diálogo
Ao portal Bonde, a APP Sindicato disse espera restabelecer o diálogo com os deputados da base governista sobre o "pacotaço" antes da desocupação dos professores e servidores que estão no plenário da Casa.
A assessoria de imprensa da APP informou que o oficial de Justiça notificou o presidente da APP, Hermes Silva Leão, às 10h10. Em seguida, o documento foi encaminhado ao departamento jurídico do sindicato, que se reuniu para avaliar a liminar. Um dos pontos questionados pela entidade é a multa por hora a partir das 5h30, sendo que a APP foi comunicada, oficialmente, no final da manhã. Pelo menos até parecer do departamento jurídico, o sindicato confirmou que os manifestantes vão permanecer com a ocupação do plenário.
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) também defende a retomada do diálogo para desocupação de forma pacífica sem uso da força policial. "Tem muita gente aqui e isso pode terminar em uma tragédia para os servidores e também para Assembleia", disparou.
(Atualizada às 11h45)