Já chega a 31 o número de agências do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) fechadas no Paraná por causa da greve iniciada há dez dias. De acordo com a superintendência do órgão, 800 dos 1.650 funcionários já aderiram à paralisação. O Sindicato dos Servidores da Previdência e Saúde (Sindiprevs) espera, para o início da semana que vem, a adesão das outras nove agências do INSS no Estado.
Já no Hospital de Clínicas (HC), a adesão à greve que começou há mais de 20 dias chega a 40% dos servidores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest). Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), o sindicato estima a adesão em 70%. Os servidores aguardam audiência marcada para segunda-feira com a procuradora dos Direitos do Cidadão, Antônia Lélia Krueger, e com a direção do HC. Eles querem que a liminar da Justiça Federal, que determina a volta imediata ao trabalho no HC, seja revista.
Outras categorias do funcionalismo público federal do Paraná já estão se mobilizando para pararem as atividades no dia de mobilização nacional, marcado para a próxima quarta-feira (dia 22). Os professores da UFPR e do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) de Curitiba decidiram em assembléias durante a semana que entram em greve a partir dessa data. Os servidores técnico-administrativos do Cefet também páram. Na próxima segunda-feira, decidem a adesão os professores do Cefet em Pato Branco e Medianeira. Os servidores da Justiça Federal de Curitiba tinham assembléia marcada para a noite para definir a paralisação. Nas últimas quarta e quinta-feiras, eles paralisaram as atividades por duas horas.
Os servidores públicos federais pedem a reposição salarial de 75,48%, referente a sete anos sem reajuste. Eles querem ainda a abertura de um concurso público.