Nesta quinta (16) e sexta-feira (17), quem olhou para cima pode ver o céu branco, como se uma camada estivesse encobrindo dezenas de cidades. Segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), essa é uma camada de fumaça que foi trazida pelo vento de alguns estados por conta das queimadas. Os pontos de incêndio foram mais notáveis nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que juntos somaram quase quatro mil focos de queimadas durante o mês de novembro.
Lídia Mota, meteorologista do Simepar, explica que a fumaça não foi causada por um único incêndio, mas por vários focos em todo uma região, como nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que tiveram 1.235 e 2.735 pontos de queimada de 1 a 17 de novembro, respectivamente, de acordo com dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). No Paraná, a fumaça encobriu diversos municípios das regiões Norte, Oeste, Centro-Oeste e Sudoeste, que foi trazida pelo vento, já que há Jatos de Baixos Níveis posicionados em direção ao sul do Brasil. “Essa circulação dos ventos faz com que essa fumaça e a fuligem sejam transportados [em direção ao Paraná]”, ressalta.
Com chuvas previstas para a região norte a partir deste sábado (18), a fumaça deve ir embora. A meteorologista explica que essa junção de fatores, como a queimada e os ventos, não são raros e, inclusive, aliados ao calor e a baixa umidade, podem fazer mal para as pessoas, principalmente para quem já tem algum problema respiratório. Por isso, se manter hidratado é fundamental e pode aliviar a sensação de mal estar.
Leia mais:
Órgãos estaduais do Paraná vão ter escala especial de funcionamento nesta quarta-feira
Estrada da Graciosa tem pare-e-siga nesta terça-feira para recuperar local de queda de árvores
Detran alerta para golpes por mensagens SMS
Queijo do Paraná está entre os nove melhores do mundo
Sobre o retorno da chuva, ela deve chegar já neste sábado e com mais força no domingo (19), quando estão previstos mais de 30 milímetros de precipitação. Na segunda (20) e na terça-feira (21) ela já deve dar uma trégua, retornando a partir da quarta-feira (22). “Aí a tendência é que fique [chovendo] até o final de semana”, reforça. Já o calor, influenciado pelo El Ninõ, deve seguir pelos próximos dias, mas não tão intenso como durante esta semana. Mas em relação às ondas de calor, Mota não descarta novos episódios nas próximas semanas.