Paraná

Delegado desmente prisão de policiais

11 jan 2001 às 11:57

O delegado-chefe da Divisão de Narcóticos (Dinarc), Adauto de Oliveira, desmentiu que dois policiais militares teriam sido presos por envolvimento no atendado contra a Promotoria de Investigações Criminais (PIC). A informação sobre as supostas prisões foi divulgada ontem à tarde pelo deputado estadual Luiz Carlos Alborghetti (PTB) em seu programa policial pela rede de tevê CNT.

Alborghetti afirmou que dois soldados já estavam presos e um tenente e um sargento, também envolvidos, tinham fugido. Segundo o deputado, os autores do incêndio criminoso na PIC, ocorrido na madrugada de 29 de dezembro, teriam recebido R$ 2 milhões para queimar provas contra o crime organizado. Adauto ficou irritado com o deputado, mas não quis comentar as declarações.


A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública também não confirmou as prisões e comunicou que as informações não passavam de "boatos sem fundamentos". A mesma posição foi adotada pelas assessorias das polícias Civil e Militar, que alegaram desconhecer qualquer prisão relacionada ao atendado contra a sede da PIC. Alborghetti não foi localizado para falar sobre as revelações feitas em seu programa.

O diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Paraná, José Lourenço, disse que o laudo técnico sobre o incêndio ficará pronto no começo da próxima semana. Peritos tentam identificar impressões digitais em galões de gasolina e luvas cirúrgicas deixadas pelos autores do atentado. O resultado do laudo deve ser uma das provas para embasar o pedido de prisão dos suspeitos de terem cometido o incêndio.


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