Paraná

Contrabando na fronteira de Foz atinge R$ 260 mi em 2017

26 jan 2018 às 14:43

Mais de um quarto de todo o volume de contrabando apreendido pela Receita Federal vem da fronteira do Brasil com o Paraguai, área que somou mais de R$ 600 milhões de produtos de importação proibida. Só no posto de Foz do Iguaçu, que abrange um dos pontos mais movimentados da fronteira brasileira com o país vizinho, o volume apreendido chegou a R$ 260 milhões, montante 19% maior do que o registrado em 2016.

Um balanço da Receita Federal divulgado nesta sexta-feira (26) mostra que, em todo o Brasil, a apreensão de cigarros cresceu mais de 11%, com um volume de mais de 221 milhões de maços, e a captura de drogas mais do que dobrou, alcançando porcentual de variação de 122,4% em relação a 2016. Foram apreendidos no ano passado mais de 45 toneladas de maconha, cocaína, crack e drogas sintéticas.


A apreensão de drogas, mercadorias e cigarros contrabandeados no Brasil somou mais R$ 2,3 bilhões em 2017. Segundo a Receita Federal, o valor é recorde e representa um crescimento de 9,4% em relação a 2016, quando foram apreendidos R$ 2,1 bilhões.


Na fronteira do Paraná, os maços de cigarro representam 40% do total de mercadorias ilegais apreendidas em 2017. A Receita de Foz do Iguaçu apreendeu cerca de 20 milhões de maços de cigarros na região, montante que vale aproximadamente R$ 100 milhões.


Após veículos e drogas, os produtos eletrônicos e de informática aparecem como os mais contrabandeados na região. Armas, munições e medicamentos proibidos, principalmente aqueles com fins estéticos, como emagrecimento ou preenchimento de botox facial, também estão na lista dos itens mais apreendidos pelos agentes fiscais.


O aumento do contrabando atribui-se, em partes, ao elevado custo dos impostos sobre alguns produtos no Brasil, principalmente o cigarro, que em outros países, como o Paraguai, é produzido e comercializado com uma carga tributária muito menor.

Levantamento feito pelo instituto mostra que três em cada dez brasileiros costumam comprar produtos contrabandeados. Quase 90% deles considera que o elevado custo dos impostos no Brasil favorece a entrada de mercadorias contrabandeadas no país.


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