Paraná

Bingos prometem reabrir as portas nesta segunda-feira

18 jun 2006 às 18:25

Dois bingos do Paraná prometem reabrir as portas nesta segunda-feira, após a notificação oficial do governo do Estado da decisão dada pela Justiça do Rio de Janeiro e que garante que o Bristol Gonden Bingo e o Village Batel funcionem normalmente.

Eles foram classificados na ação como filiais de estabelecimentos da capital fluminense e seriam beneficiados indiretamente com a decisão judicial. De acordo com o advogado do Sindicato dos Bingos do Paraná (Sindibingos), Luiz Fernando Pereira, o governo do Estado não tem como impedir o funcionamento legal dos estabelecimentos comerciais.


''As liminares concedidas no Rio de Janeiro têm extensão no Paraná. No ano passado, o Bristol abriu as portas exatamente com ação semelhante. O governo fechou posteriormente, derrubando a ação na Justiça. Terá que fazê-lo de novo'', disse ele.


Apesar dos estabelecimentos estarem pautados em decisão judicial, neste sábado policiais militares já estavam em frente aos dois bingos de Curitiba para evitar que eles abrissem as portas.


''A polícia já está nas portas dos bingos e eles não vão abrir. Não reconheço o Paraná como parte nesta ação. Isto é de uma sordidez absoluta. O assunto já é vencido. A decisão não tem fundamento. Aliás, a ação tramita há um ano e meio e o Estado nunca foi notificado sobre ela. Portanto, não irá ser notificado agora. Aqui no Paraná não abre bingo algum'', ponderou Sérgio Botto de Lacerda, procurador Geral do Estado.


Enquanto o Paraná aguarda notificação judicial, os empresários estariam se preparando para a reabertura das casas mesmo que de forma precária. ''A maior parte dos empresários que investiram em bingos hoje estão falidos. Eles já não têm mais fôlego para sustentar ações judiciais. Estão em grande crise financeira por conta das dificuldades que tiveram com as batalhas judiciais deste governo Requião. A situação é muito complicada'', pontuou Pereira.

Os empresários do Bristol e do Village Batel foram procurados, mas não retornaram aos telefonemas da reportagem da Folha. Segundo Pereira, eles estariam empenhados na reabertura. ''É claro que eles vão abrir as portas. Ou não faria sentido eles buscarem isto através de ações judiciais'', complementou.


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