Em uma sessão tumultuada e marcada por protestos, a AL (Assembleia Legislativa do Paraná) aprovou nesta quarta-feira (23) o projeto de autoria do governo do estado que autoriza a transformação da Copel em uma companhia de capital disperso, sem controlador.
Com isso, o estado deixará de ter o controle sobre a companhia e terá sua participação limitada a 10% das ações com direito a voto (atualmente, o estado detém 69,7% das ações). Foram 38 votos favoráveis e 14 contrários. A segunda votação está marcada para a manhã desta quinta (24).
As galerias superiores da AL foram ocupadas por servidores da Copel contrários à venda das ações e o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD), impediu que manifestantes tivessem acesso à galeria inferior.
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Desde a sessão de terça-feira, quando o assunto entrou na pauta, a tropa de choque da Polícia Militar reforçou a segurança no Centro Cívico de Curitiba. Apesar dos protestos e da argumentação da oposição ao governador Ratinho Junior (PSD), de que não houve tempo para debater a proposta, o projeto deverá ser novamente aprovado nesta terça.
A oposição a Ratinho Junior adiantou que vai recorrer à Justiça contra o que chama de privatização da estatal. Segundo o deputado Arilson Chiorato (PT), o projeto será alvo de uma ação popular e o diretório nacional do PT estuda entrar com um mandado de segurança.
A oposição também vai acionar a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Ministério Público Federal (MPF). O deputado Goura ainda afirmou que seu partido, o PDT, também tomará medidas jurídicas contra o projeto.
Antes da votação, a base de apoio a Ratinho Junior rejeitou um requerimento da deputada Mabel Canto (PSDB) que pedia a suspensão da análise do projeto por uma sessão.
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