Depois de 18 horas, 130 presos que faziam motim no Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, libertaram o último dos agentes carcerários que foi feito refém. O fim do motim ocorreu por volta das 11 horas desta sexta-feira (27). O outro refém foi liberado por volta das 3 horas. Os presos exigiam transferência.
O motim começou às 15 horas de quinta-feira (26). Segundo a Secretaria de Justiça, cidadania e Direitos Humanos (Seju), dois detentos que estavam no local para tratamento temporário e pertenciam a outras unidades prisionais renderam dois agentes penitenciários no momento em que receberam alta e eram removidos para celas.
Durante o motim, os dois presos, após renderem os agentes, liberaram os 130 presos que estavam no setor do CMP que é destinado ao tratamento de detentos de outras unidades prisionais – no CMP, ficam de forma permanente apenas pessoas com problemas mentais e que cumprem pena em regime fechado.
A Seju solicitou à Polícia Militar que enviasse o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) para intermediar as negociações. Somente depois de 12 horas de conversa, um dos agentes foi liberado da mira dos detentos. O outro foi solto apenas às 11 horas desta sexta-feira. Nenhum dos refém foi ferido pelos detentos. Dos 130 presos, 40 serão transferidos de suas atuais unidades prisionais para outras no Paraná.
Segundo o diretor-geral do Departamento de Execuções Penais (Depen) da Seju, Cezinando Paredes, enquanto o motim transcorria, em todas as unidades prisionais do estado as visitas foram suspensas por medida de segurança. Havia o temor de que rebeliões em massa se iniciassem nas penitenciárias de todo o Paraná. (com informações do repórter Rúbens Chueire Jr., da Folha de Londrina).