O mau hábito de alguns frequentadores das UCs (Unidades de Conservação do Paraná) que fazem descarte irregular de resíduos como embalagens, restos de alimentos e até fezes, faz com que o IAT (Instituto Água e Terra) reforce o pedido para que as pessoas evitem o consumo de água das fontes naturais dos parques.
Essa sujeira deixada por visitantes resulta em um grande teor de matéria orgânica na água, o que pode causar algumas reações indesejadas para quem consome, como doenças causadas por bactérias.
O órgão ambiental recomenda que para a ingestão é necessário a aplicação de algum método de desinfecção, como partilhas de cloro, produzido exclusivamente para o consumo humano.
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Conhecido pelas lindas montanhas com vistas preciosas para a Serra do Mar, o Parque Estadual Pico Paraná, nos municípios de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e Antonina, no Litoral, é um desses locais que sofre com a desobediência dos visitantes.
Exames laboratoriais realizados em maio pelo IAT, com apoio do Clube Paranaense de Montanhismo, revelaram alteração nas características da água de uma das fontes que abastece o complexo. Ela apresentou índices alterados da bactéria Escherichia coli e de coliformes, uma circunstância possivelmente causada pela presença de fezes na fonte.
“A decomposição no ambiente da montanha demora bem mais do que em outros locais, o que torna qualquer rejeito deixado no parque um grande problema. O número de visitantes na UC também aumentou nos últimos anos, agravando esse impacto da poluição na natureza”, explica a bióloga do IAT e chefe do Parque Estadual Pico Paraná, Marina Rampim.
ORIENTAÇÕES
Para prevenir esta situação, o IAT recomenda uma série de medidas para os visitantes das UCs. Ao consumir comida e bebida, sempre lembre de levar o lixo com você, mesmo com resíduos orgânicos, como cascas de fruta e sementes.
No caso das UCs onde o camping é permitido, outra orientação é o uso do shit tube, um recipiente com cal usado para armazenar fezes até a saída do parque, onde o lixo pode ser descartado em um local apropriado.
Também não é indicado o consumo de água de nenhuma fonte natural dos parques estaduais sem o uso de algum método de desinfecção, como pastilhas de cloro.
“Para melhorar essa situação antes que ela se torne irreversível, precisamos que as pessoas repensem esses hábitos. Por isso, antes de visitar qualquer parque, é importante se informar sobre o que pode e o que não pode ser feito nas UCs. Os sites das instituições responsáveis pelos espaços trazem todas as informações necessárias”, acrescenta Marina.