O projeto ''Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural em Londrina: Estudos de Bens Culturais'' está sendo conduzido pela Prefeitura de Londrina em parceria com o Museu Histórico Padre Carlos Weiss, da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Proposta pela ASAM (Associação dos Amigos do Museu Histórico de Londrina), a iniciativa é realizada, no âmbito do Município, pela Diretoria de Patrimônio Artístico-Cultural da SMC (Secretaria Municipal de Cultura).
O objetivo dos trabalhos é promover estudos circunstanciados e profundos de 10 bens culturais do Município, visando subsidiar os seus processos de tombamento que estão em trâmite na SMC.
Lista de bens analisados
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A lista de bens analisados inclui o Patrimônio Três Bocas, Feira Livre dos Cinco Conjuntos, Casa de Memória Madre Leônia Milito, Osuel (Orquestra Sinfônica da UEL), Escola Municipal Padre Anchieta (localizada no Patrimônio Heimtal), antiga estação telefônica de Londrina e Ginásio de Esportes Moringão. Também abrange a antiga Estação Ferroviária de Londrina (atual sede do Museu Histórico), a máquina de arroz que integra o acervo do Museu e um caminhão de Bombeiros fabricado em 1951 e pertencente ao 3º Grupamento de Bombeiros de Londrina.
Além dos estudos em si, o projeto compreende a elaboração de fichas de inventário e a publicação de boletins sobre os bens estudados. O primeiro boletim, com informações detalhadas sobre o caminhão do Grupamento de Bombeiros, pode ser conferido no site do Museu Histórico, neste link.
A publicação também contará com uma versão impressa, que ao término do projeto estará disponível para consulta na Biblioteca Pública Municipal de Londrina (Avenida Rio de Janeiro, 413, Centro). Entre outros públicos-alvo do boletim, estão professores e alunos do ensino fundamental e médio, bem como pesquisadores.
A primeira edição do projeto de pesquisa teve início em dezembro de 2022, e será concluída no fim de julho deste ano. No total, a iniciativa conta com sete integrantes, incluindo uma coordenadora-geral, uma coordenadora da área de história, uma coordenadora da área de arquitetura e quatro assistentes de pesquisa em nível de mestrado (dois de história e dois de arquitetura). A ação conta com um investimento de R$ 140 mil do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio, aprovado pelo Compac (Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Londrina).
Após a conclusão da primeira fase da iniciativa, será realizada uma segunda edição, em que a pesquisa abrangerá cinco bens culturais. Para essa etapa, que será finalizada em 2025, a equipe passará a contar com uma profissional que realizará a revisão da redação e das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Segundo a diretora do Museu Histórico de Londrina, Edméia Ribeiro, a iniciativa do projeto de pesquisa partiu da Diretoria de Patrimônio Artístico-Cultural da SMC (Secretaria Municipal de Cultura). Ela explica que o órgão propôs ao Museu a parceria para o levantamento de informações relativas aos bens em processo de tombamento, o que contribui para o bom andamento desses procedimentos.
Ribeiro destaca que, além de auxiliar os processos de tombamento, o projeto produz uma grande quantidade de informações sobre cada bem, que ficarão salvaguardadas no Museu e poderão ser acessadas por pesquisadores. “É muito importante que as instituições trabalhem em rede, pois cada organização facilita o trabalho da outra. O Museu passa a contar com um acervo ainda mais rico e o Município dá continuidade ao tombamento de bens culturais, e tudo isso se soma para a preservação da memória de Londrina”, sublinhou.
A diretora de Patrimônio Artístico e Histórico-Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Solange Batigliana, frisou que essa iniciativa atende aos interesses nacionais de preservação e difusão do patrimônio, e acompanha as diretrizes da Política Municipal de Cultura de Londrina.
“É uma medida importante principalmente no que se refere à preservação do patrimônio histórico e cultural, mas também no que diz respeito ao reconhecimento e universalização do acesso democrático aos bens culturais e o direito à sua fruição. Além disso, promove o estímulo ao turismo cultural e à projeção de Londrina como cidade criativa e inovadora no campo da cultura e do patrimônio”, salientou Batigliana.
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