O papa Francisco citou a "perigosa situação" da Amazônia em seu pronunciamento na sessão de debates da 75ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) e disse que a emergência ambiental está "intimamente ligada à crise social".
O vídeo de Jorge Bergoglio foi exibido na manhã desta sexta-feira (25), em uma Assembleia-Geral realizada pela primeira vez de forma virtual devido à pandemia do novo coronavírus. Francisco falou durante 26 minutos e abordou temas caros a seu pontificado, como o aquecimento global e a necessidade de construir uma nova arquitetura financeira global.
Ao mencionar o Acordo de Paris sobre o clima, assinado no fim de 2015, o Papa disse que é preciso "admitir honestamente que, ainda que alguns progressos tenham sido alcançados, a pouca capacidade da comunidade internacional para cumprir suas promessas de cinco anos atrás" evidencia que é preciso evitar discursos "tranquilizantes" e cuidar para que as instituições sejam "realmente efetivas".
Leia mais:
Equipe de Trump tem primeira baixa e escolhido para Departamento de Justiça renuncia à indicação
Carlo Acutis, o primeiro santo influencer, será canonizado em abril de 2025, anuncia papa Francisco
Papa muda regra e pede para ser enterrado em caixão simples de madeira
Taxação dos super-ricos é aprovada em declaração de líderes do G20
"Penso também na perigosa situação da Amazônia e de seus povos indígenas. Eles nos lembram que a crise ambiental está intimamente ligada a uma crise social e que o cuidado com o meio ambiente exige uma aproximação integrada para combater a pobreza e a destruição", afirmou.
A defesa da Amazônia é uma das bandeiras do pontificado de Francisco, que inclusive dedicou um sínodo à floresta em 2019.
"Não devemos deixar para as próximas gerações os problemas das anteriores. Devemos nos perguntar seriamente se existe entre nós a vontade política para mitigar os efeitos negativas da mudança climática, assim como para ajudar as populações mais pobres e vulneráveis, que são as mais afetadas", acrescentou.