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Obama muda regra de deportação e auxilia 800 mil

15 jun 2012 às 17:52

O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixará de deportar e concederá permissão de trabalho para jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país quando crianças e não tiveram problemas com a lei. Além disso, esses imigrantes precisam ter menos de 30 anos. A decisão, tomada em ano eleitoral, responde a uma importante prioridade do influente eleitorado latino, que tem expressado sua oposição às políticas de imigração e ao número recorde de deportações registrado no ano passado. "Vamos deixar isso claro, não é uma anistia, não é imunidade e também não é um caminho para a cidadania. É só a coisa certa a fazer", disse Obama no Jardim da Rosas na Casa Branca.

A mudança de política, explicada para a Associated Press por dois graduados funcionários da administração, vai afetar cerca de 800 mil imigrantes que vivem sob o temor da deportação. Obama disse que tomou as medidas porque o Congresso dos EUA não agiu para resolver o problema da imigração. "Não existe sentido expulsar jovens talentosos do país", afirmou o mandatário. "Esses jovens não representam um risco à segurança dos EUA", disse a secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano.


A alteração não precisa ser aprovada pelo Congresso e cumpre parcialmente os objetivos do chamado DREAM Act, um projeto aguardado, mas que não foi colocado em prática, que estabelece uma forma de conceder a cidadania a jovens que chegaram aos Estados Unidos como ilegais, mas que fizeram faculdade ou serviram o Exército.


O anúncio ocorre uma semana antes de Obama fazer um discurso durante a conferência anual da Associação Nacional de Autoridades Latinas Eleitas e Nomeadas, em Orlando, na Flórida. O candidato republicano à presidência, Mitt Romney, vai falar à organização na próxima quinta-feira. Alguns republicanos denunciaram a iniciativa de Obama, ao dizerem que ela significa um passe livre para burlar a lei.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.


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