O ministro da Defesa, Waldir Pires, anunciou nesta quarta-feira que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está articulando uma verdadeira operação de guerra para garantir que os passageiros da Varig não sejam prejudicados com a crise da empresa. Para essa operação, segundo ele, será preciso a participação das outras companhias aéreas brasileiras para atender os clientes da Varig.
"É como se fosse uma operação de guerra mesmo que vamos ter que fazer", afirmou o ministro, em entrevista à Rádio Nacional AM . "Esperamos a participação de todos os concessionários de serviço público no transporte aéreo para que tenhamos a possibilidade de amparar os cidadãos que estão por aí afora com bilhetes de concessionária de serviço público e conseqüentemente com direitos a ter ido para fora do país e de voltar."
Waldir Pires lembrou que, apesar de as demais empresas não terem a obrigação de assumir a responsabilidade pelos vôos da Varig, o serviço de aviação civil é uma concessão pública. "A concessionária do serviço público não é uma empresa privada qualquer. Ela negocia o transporte civil porque tem uma concessão do poder público e, conseqüentemente, atrás dela estão os deveres do poder público perante os cidadãos e cidadãs."
No caso dos vôos internacionais, o ministro da Defesa afirmou que uma solução seria as empresas brasileiras assinarem contratos com companhias estrangeiras. "Se trata de um plano de contingenciamento, de emergência, que está sendo a cada dia atualizado para tanto quanto possível ser o mais eficiente e assegurarmos às pessoas que compraram essa passagem o direito de voltar", explicou Pires, para quem a operação não deverá representar custos para os consumidores.
De acordo com o ministro, o governo federal também está preocupado com a situação dos funcionários da Varig. No caso de as atividades da empresa serem inviabilizadas, o governo deve negociar para que os empregados sejam absorvidos pela concessionária dos vôos operados atualmente pela Varig.
Agência Brasil