Cientistas detectaram pela primeira vez a luz emitida por uma explosão de raios gama, um dos fenômenos mais poderosos do universo, o que permitirá entender as propriedades misteriosas dos jatos de matéria e energia gerados no fim da vida de estrelas massivas.
A observação é resultado da cooperação entre o Instituto de Ciências do Gran Sasso e o Instituto Nacional de Astrofísica, ambos da Itália, e as academias de ciências de República Tcheca e Rússia, que publicaram um artigo na revista Nature Astronomy.
'A observação ocorreu na noite entre 19 e 20 de junho de 2021, quando os telescópios Fermi e Swift, da Nasa, detectaram a emissão de raios gama GRB 2106198.
Leia mais:
Jake Paul vê fúria de Mike Tyson, mas usa físico e vence lenda do boxe nos pontos
Trump insinua candidatura para 3º mandato, o que é proibido pela Constituição
Meta climática do Brasil cita pela 1ª vez redução no uso de combustíveis fósseis
Chefe da Igreja Anglicana renuncia em meio a escândalo sobre abusador infantil
Em seguida, três telescópios robóticos foram direcionados para a área onde o fenômeno havia sido visto: o D50, em Ondrejov, na República Tcheca; o Fram-orm, em La Palma, na Espanha; e o Mini-MegaTortora, na Rússia.
Esses telescópios observaram a explosão de luz, que durou apenas 28 segundos. Ambos os eventos foram produzidos pela explosão de uma estrela a 10 milhões de anos-luz de distância da Terra e, de “acordo com os pesquisadores, a luz pode ter sido gerada pelo jato de matéria magnetizada e em rápido movimento produzido pela detonação.
Medir a propriedade da luz visível emitida durante a explosão gama nos permitiu olhar para o evento como se tivéssemos uma lente de aumento, com a qual revelar os mistérios do plasma que compõe o jato”, disse Gor Oganesyan, pesquisador do Instituto de Ciências do Gran Sasso e primeiro autor do estudo.