Fevereiro de 2024 foi o mês mais quente para o período na história da humanidade, conforme dados divulgados na quinta-feira (7) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), sistema de observação da Terra da União Europeia.
De acordo com o relatório, fevereiro registrou temperatura 1,77ºC acima da média mensal para o período entre 1850-1900, a chamada era pré-industrial que serve de referência para metas contra o aquecimento global.
Ainda segundo o C3S, trata-se do nono mês consecutivo de recorde de calor, reforçando as projeções dos que acreditam que 2024 pode superar 2023 como ano mais quente na história.
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No mês passado, o organismo da UE já havia pontuado que, entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, o mundo superou pela primeira vez a marca de 1,5ºC de aquecimento em relação à era pré-industrial ao longo de um ano.
Limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC na comparação com o século 19 é a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris, no entanto, está cada vez mais longe de ser alcançada.
Entretanto, são necessários pelo menos 20 anos acima do patamar para sacramentar que o objetivo foi descumprido.
Se essa tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, o que ameaça áreas costeiras (que concentram a maior parte da população do planeta), com ondas de calor mais frequentes e com o crescente número de fenômenos extremos, como furacões e secas.
O aquecimento global é ocasionado pelas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que continuam aumentando, apesar dos alertas de cientistas de que precisam iniciar imediatamente uma trajetória de queda para garantir o cumprimento da meta de 1,5º até o fim do século.