Mundo

Crescem denúncias de sites com abuso sexual de crianças

17 abr 2007 às 13:43

As denúncias de páginas na internet contendo imagens de abuso sexual de crianças aumentaram no último ano, de acordo com um relatório da Internet Watch Foundation (IWF), uma das maiores organizações de fiscalização da pedofilia na internet.

A instituição investigou mais de 31 mil denúncias em 2006 e encontrou imagens de abuso infantil em mais de dez mil páginas na internet localizadas em cerca de três mil sites, um aumento de 34% em relação ao ano anterior.


Segundo a IWF, o aumento no número de casos descobertos ocorreu em parte por causa da melhora nos processos de recebimento de denúncias da própria organização.


O relatório revelou também uma escalada na severidade das imagens. Mais de três mil páginas continham imagens mostrando abusos sérios, como atividades sexuais envolvendo penetração ou sadismo. Muitas das crianças envolvidas têm menos de 12 anos de idade.


A organização também descobriu cerca de mil sites comerciais vendendo imagens de crianças sendo estupradas, predominantemente meninas novas.


Tecnologia


O relatório também mostrou como pedófilos têm cada vez mais conhecimentos de tecnologia para evitar serem pegos.


Alguns sites comerciais de abuso infantil administrados por gangues criminosas dividem cada imagem e distribuem os fragmentos em vários servidores ao redor do mundo. Esses fragmentos somente são reunidos quando um pedófilo baixa a imagem.


Outros sites apenas aparecem na internet por curtos períodos de tempo, ou mudam de servidores regularmente entre países com legislações diferentes.


Com essa tática, a polícia nunca tem tempo suficiente para reunir provas suficientes para retirar um site do ar. Um desses sites, por exemplo, foi denunciado 224 vezes ao IWF desde 2002.


Os Estados Unidos contém mais imagens por causa de seu acesso à tecnologia e sua geografia, segundo a organização.


Muitas das denúncias são feitas através do site da IWF e podem ser realizadas de forma anônima.

A organização é patrocinada pela União Européia e pela indústria de internet da Grã-Bretanha.


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