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Câncer de próstata atinge 82 homens de cada 100 mil

28 jun 2006 às 14:51

O câncer de próstata (CP) é um tumor muito comum em homens com mais de 50 anos de idade. As últimas estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que existem 82 casos para cada 100 mil habitantes. Daí, a importância do diagnóstico o quanto antes, visto ser esse um câncer curável nos estágios iniciais.

A próstata é uma glândula localizada perto da bexiga cercando a uretra na sua porção inicial. As secreções prostáticas são o maior componente do líquido seminal (esperma). A origem do CP é desconhecida, mas presume-se que alguns fatores possam contribuir para o seu desenvolvimento, entre eles o fator genético. A presença de CP em parentes de primeiro grau aumenta a probabilidade de diagnóstico desse câncer em 18%. O fator hormonal também é bastante importante.


Baseados em levantamentos epidemiológicos em áreas geográficas de maior incidência de CP notou-se que dietas ricas em gordura aumentam os riscos de seu aparecimento. Talvez por interferência no metabolismo dos hormônios sexuais, várias outras substâncias estão sob investigação como as vitaminas, o cádmio, o zinco. O fator ambiental é alvo, também, de investigação. Fumaça de automóveis, cigarro, fertilizantes e outros produtos químicos estão sob suspeita. Já dietas ricas em fibras e tomate diminuem o seu aparecimento.


Como detectar o CP


O tumor somente é detectado em exames clínicos e laboratoriais de rotina que são: o toque retal e a dosagem do antígeno prostático específico ou PSA.


Alguns pacientes apresentam tais sintomas: dificuldade para urinar, jato urinário fraco, sensação de não esvaziar bem a bexiga, ou seja, sintomas de obstrução urinária. Sangramento na urina pode ser uma queixa, embora mais rara.


O paciente pode manifestar dores ósseas como sinal de uma doença mais avançada (metástases). Anemia, perda de peso, ínguas no pescoço e na região inguinal podem também ser a primeira manifestação da doença.


A importância do exame preventivo


Todo o homem a partir dos 45 anos deve realizar periodicamente o toque retal e dosagem do PSA, principalmente aqueles com história familiar de CP e de câncer de mama, independentemente de sintomas.


Em caso de toque anormal e ou PSA elevado, o paciente deverá ser submetido a uma ecografia transretal com biópsia prostática. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tumor deverá ser estudado, afim de identificar se este está confinado na próstata, se invadiu outros órgãos ou se já enviou metástases. A cintilografia óssea é o exame mais importante nessa fase.


Outros exames eventualmente pedidos são: fosfatase alcalina, tomografia computadorizada de abdômen, radiografias de tórax, radiografias do esqueleto.


Tratamento


Baseado no estadiamento (onde está alojado) do tumor e de sua classificação é que se define o tipo de tratamento. Para os tumores dentro da glândula, a prostatectomia radical e a radioterapia são as primeiras opções e consideradas curativas. Os tumores que avançam para fora da próstata, mas sem evidência de metástases, são geralmente tratados com radioterapia. Os tumores metastáticos são paliativamente controlados com hormônios femininos, orquiectomia (retirada dos testículos), drogas anti-androgênicas ou análogos do LHRH.


O tratamento do CP é muito controverso pois são muitas as variáveis: idade do paciente, níveis do PSA, estágio do tumor e tipo histológico. Além disso, deve-se discutir com o paciente as complicações do tratamento.


* A prevenção ainda é o melhor remédio. Consulte o seu médico regularmente.

* Estudo mostra que romã ajuda a combater o CP


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