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Apenas dois mineiros permanecem hospitalizados

15 out 2010 às 19:50

Mais 28 mineiros deixaram na tarde desta sexta-feira o hospital de Copiapó, no norte do Chile. Segundo a diretora do departamento de Saúde do Atacama, Paola Newman, eles saíram do local em segredo, para evitar o assédio de jornalistas. O nome deles, porém, não foi divulgado.


Agora, permanecem no hospital apenas dois dos 33 mineiros que ficaram mais de dois meses presos na mina de San José, a 700 metros abaixo da terra. Segundo a diretora, um deles está com uma infecção dentária e o outro, com vertigens.



Segundo o jornal chileno La Tercera, Mario Sepúlveda é o mineiro que ainda não teve alta devido a tonturas. Ambos deverão ser transferidos para outros hospitais na região.



Na quinta-feira, três mineiros - Edison Penã, Carlos Mamani (o único boliviano do grupo) e Juan Illanes - já haviam sido liberados.



Lado psicológico



A saúde mental dos homens, no entanto, é uma preocupação crescente das autoridades e médicos. "Estamos entregando pessoas frágeis às famílias", disse nesta sexta-feira o ministro da Saúde chileno, Jaime Mañalich.



"Prevemos que cada um dos mineiros vá sofrer, do ponto de vista psicológico. Terão que se adaptar a uma nova vida. Estamos preparados para estar com eles por pelo menos seis meses, apoiando-os."



Segundo a rádio chilena ADN, um dos mineiros, por exemplo, teve pesadelos durante a noite no hospital e pensou que ainda estava preso na mina.



O psicólogo que tratou os mineiros, Alberto Iturra, disse nesta sexta-feira que os homens "necessitam de um período de descanso e adaptação".



Alguns, informou, estão "muito esgotados, caso em que a sensibilidade aumenta quase ao máximo e a tolerância cai quase ao mínimo".


Iturra ressaltou, no entanto, que acha que "em geral eles terão êxito" em superar os problemas psicológicos.


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