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Ansiedade, um dos acentuados problemas da década

22 fev 2006 às 16:20

A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do Sistema Nervoso Central conseqüente a interpretação de uma situação de perigo. Parente próximo do medo. Ela se distingue pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável enquanto na ansiedade o fator de estímulo teria características mais subjetivas.

A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos como taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções (urinárias e fecais), aumento da motilidade intestinal e cefaléia (dor de cabeça).


Quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (Crise ansiosa aguda). Toda esta excitação acontece decorrente de uma descarga de um Neurotransmissor chamada Noradrenalina que é produzida nas Supra-renais, Lócus Cerúleos e Núcleo Amigdalóide.


Como compreender a ansiedade?


O nosso Sistema Nervoso Central e a nossa mente necessitam de uma situação de conforto e de segurança para usufruir a sensação de repouso e de bem estar. Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado acontece o estado ansioso.


Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em estados de desequilíbrio emocional, o simples contacto com o novo, com situações inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos.


A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das vezes acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso.


Este movimento impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir a sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite e se o problema não tiver uma solução mental imediata como o que acontece na maioria dos casos teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos.


Origens


A primeira é que a ansiedade poderia ter uma origem genética, ou seja, a pessoa herda de seus ancestrais uma pré-disposição para ter estes sintomas. Nestes casos as manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma criança agitada, as vezes hiperativa, que chora com facilidade e as vezes até com dificuldade de dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da avidez de mamar e numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança.


A segunda é uma infância carente e problemática onde as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão fazendo com que ela vá se sentindo insegura e exposta e vá gravando e condicionando um sentimento de que coisas ruins e sensações negativas podem acontecer a qualquer momento.


A terceira é a dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle. O novo por sua vez tem a capacidade de potencializar a sensação de medo no sentido de que algo ruim ou perigoso pode vir á acontecer.


* Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas ou mesmo materiais também podem desencadear facilmente quadros ansiosos.

Fonte: Ansiedade.com


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