Atendendo ao pedido do MP (Ministério Público), a Justiça determinou que o empresário Jamildo de Assis Junior vá a júri popular pela morte do produtor cultural Wilton Mitsuo Miwa, de 51 anos. O julgamento ainda não tem uma data estipulada e o agendamento deve ser feito em 2024. O londrinense perdeu a vida após ser atropelado e arrastado pela Avenida Ayrton Senna, na Gleba Palhano (zona sul) no dia 21 de outubro do ano passado.
Segundo testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, o motorista da caminhonete Amarok teria jogado a veículo para cima do motociclista após uma discussão no trânsito. O delegado Edgard Soriani ao concluir o inquérito descreveu que o acusado usou a caminhonete como uma arma, sem chance de defesa à vitima.
Após atingir a moto e derrubar a vítima, o condutor da Amarok tentou fugir do local do acidente pela avenida Ayrton Senna , mas a moto ficou enroscada e foi arrastada pela caminhonete por quase dois quilômetros. Outros motociclistas que passavam pelo local presenciaram a situação e foram atrás empresário, que foi contido e até agredido pelo grupo.
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A Justiça acatou os argumentos da promotoria de que o empresário teria jogado a caminhonete para cima de Wilton de forma proposital. A promotoria pede para que Jamildo seja julgado por embriaguez ao volante, por conta indícios de que ele estaria bêbado e homicídio duplamente qualificado, que teria sido praticado por motivo fútil e de maneira que dificultou a defesa da vítima.
OUTRO LADO
Em nota enviada à reportagem, a defesa de Jamildo Assis informou que ainda não foi intimada da decisão e, portanto, não pode fazer uma análise ampla. "O acidente envolvendo os veículos foi uma fatalidade, logo, não se trata de processo para ser julgado pelo Júri popular. Além do mais a condução do processo está sendo, até o momento, extremamente parcial, haja vista q Jamildo foi vítima de tentativa de homicídio por parte de motoqueiros que o agrediram violentamente no dia do fato. Porém, as autoridades não investigaram o fato, tampouco foi feito perícia para esclarecer como se deu a colisão", escreveu o advogado Valter Bittar. O recurso será impetrado no TJ-PR (Tribunal de Justiça) do Paraná.