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Sindijor e Fenaj emitem nota

Motociclista 'tiktoker' avança sobre repórter de tevê que rejeitou brincadeira de mau gosto em Londrina

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
19 nov 2024 às 20:04

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- Reprodução/Whatsapp
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O jornalista Silvano Brito, repórter de rua da TV Tarobá, em Londrina, foi vítima de uma tentativa de agressões praticadas por um motociclista que produz vídeos para redes sociais em que faz chacota com pessoas aleatórias, no início da tarde desta terça-feira (19). O profissional registrou um BO (boletim de ocorrência). Os Sindicatos dos Jornalistas de Londrina e do Paraná e a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) emitiram uma nota em apoio a Silvano (veja no fim da matéria).


O profissional fazia uma entrevista ao vivo com duas representantes do Coletivo Black Divas, referente a uma feira que será promovida pelo movimento nesta quarta-feira (20), no Sabor e Ar, na Avenida Juscelino Kubitscheck, quando foi interpelado pelo motociclista, numa abordagem semelhante a outra, ocorrida cerca de dois meses antes.

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O produtor de conteúdo grava vídeos para o TikTok, no qual faz perguntas de baixo calão e de duplo sentido para pessoas incautas. Devido ao capacete e ao fator surpresa, o questionamento nunca é entendido. Quando perguntado sobre o que disse, o "tiktoker" emenda outra, falando de forma mais clara. O canal dele tem cerca de 15 mil seguidores. 

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Maricea Severino, uma das representantes do Coletivo que concedia a entrevista, conta que o motociclista se aproximou com uma câmera fixada no capacete e se dirigiu ao repórter. “Ele perguntou alguma coisa que eu não consegui entender, mas, pela reação do Silvano, percebi que foi algo ofensivo. Ele [repórter] disse que não ia permitir [a exibição de sua imagem], puxou a câmera do capacete e disse que ia devolver só depois de apagar. E, aí, começou o bate-boca”, relata.

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Diante da situação ainda incompreensível, Maricea começou a gravar o ocorrido. As imagens mostram Silvano se afastando pela rua, em direção à emissora, e o motociclista indo para cima. 


Ainda de acordo com a testemunha, o jornalista entrou no prédio da tevê e entregou o equipamento para que outra pessoa apagasse as imagens. O motociclista teria ficado furioso e seguranças da empresa de comunicação o contiveram. As representantes do Black Divas também foram colocadas para dentro do edifício, a salvo.

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Ação e reação


Silvano afirma que havia acabado de terminar a entrevista ao vivo quando o motociclista chegou. “Ele parou, falou comigo e eu não reconheci. Quando percebi [quem era], eu pensei: ‘De novo, não!’ Falei algumas coisas para ele e fui me afastando, afastando, e ele, vindo para cima”, diz, ao recordar sua versão.

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O repórter conta que o motociclista tentou agredi-lo com socos e chutes, mas, que ele conseguiu se esquivar. Depois, acusou funcionários da emissora de o terem agredido, o que é negado pelo profissional. “Ele foi segurado para não vir para cima de mim”, justifica.


Sobre a câmera, Silvano afirma que “ninguém ficou com o equipamento” e que o dono a levou embora.

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Porém, depois do ocorrido, o motociclista permaneceu em frente ao prédio da emissora, produzindo vídeos, até que a Polícia Militar chegou e ele foi embora. Silvano registrou um BO (Boletim de Ocorrência) por agressão. “O rapaz se fez de vítima e ainda argumentou: ‘Esses jornalistas gravam a gente nas ruas e a gente não pode gravá-los’, colocando-nos  no mesmo patamar. Mas, ele ridiculariza as pessoas nas redes sociais para monetizar, ganhar dinheiro em cima. É muito diferente do jornalismo”, diz o profissional.


A reportagem tentou entrar em contato com o motociclista por meio do TikTok, para que ele contasse sua versão do ocorrido. Entretanto, até o fechamento da matéria, às 19h50, ele não respondeu.

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Apoio ao profissional


O Sindijor Norte PR (Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná), o Sindijor-PR (Sindicato dos Jornalistas do Paraná) e a Fenaj emitiram uma nota de apoio a Silvano Brito e em repúdio ofensiva contra o repórter. As entidades afirmam que “agressões a profissionais da imprensa configuram agressões ao próprio jornalismo profissional, pautado pela ética e pelo cuidado com as pessoas entrevistadas”.


Confira na íntegra.


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