Na quinta-feira (12), o prefeito do campus não quis conceder entrevista sobre o assunto, mas, por meio da assessoria de imprensa, ressaltou que "fez BO (Boletim de Ocorrência) e que vai colaborar com tudo o que for necessário".
Após a declaração, a reportagem buscou mais informações, ainda na quinta-feira, com a PM (Polícia Militar) e a PC (Polícia Civil) sobre o furto, mas foi informada que não haviam localizado registros sobre a ocorrência nos sistemas.
Foram procuradas, além do 5° Batalhão de Polícia Militar do Paraná, duas delegacias da Polícia Civil - a Central de Flagrantes e Registro de Ocorrências e a de Furtos e Roubos.
Após a checagem, a assessoria da universidade foi novamente questionada para esclarecimentos, mas manteve a posição inicial.
No sábado (14), depois de uma nova procura da reportagem, a PC confirmou o registro do BO no dia 12 de setembro e que "o fato está sendo investigado".
A Seti-PR (Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná) foi questionada sobre o ocorrido e pontuou, por meio da assessoria, que está apurando os fatos para se posicionar.
Por volta das 17h de sexta-feira (13), a UEL emitiu uma nota à imprensa sobre o ocorrido. Confira a declaração completa.
"A Administração da UEL confirma o furto de 33 CPUs ocorrido nesta quinta-feira (12) no Departamento de Informática do Centro de Ciências Exatas (CCE). A Universidade, por meio da Prefeitura do Campus, está acompanhando o trabalho da Polícia, colaborando com as investigações e para que os fatos possam ser elucidados. O caso foi comunicado à Polícia Civil, por meio de Boletim de Ocorrência, nesta quinta-feira (12), pela manhã. Os computadores furtados fazem parte de um projeto estratégico de modernização da Rede de Laboratórios de Informática para Atividades Acadêmicas (LINFAA), adquiridos no início deste ano, para atender demandas de estudantes de graduação, de pós-graduação e de pesquisadores em atividades de ensino e pesquisa. A universidade reforça que não haverá prejuízo às atividades acadêmicas e que preza pela segurança e o bem-estar no campus, que conta com o monitoramento de câmeras de segurança."
Assalto à reitoria
Em fevereiro de 2024, a UEL também foi alvo de assalto. Na época, quatro homens armados invadiram a reitoria e roubaram R$ 260 mil em equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal. O grupo, que estava encapuzado, fugiu em um veículo, levando celulares, notebooks e outros itens de alto valor. Ninguém ficou ferido.
As investigações apontaram que os assaltantes tinham informações privilegiadas, já que, ao entrarem na reitoria, pediram diretamente pelos equipamentos eletrônicos, priorizando aparelhos da marca Apple. O material roubado estava em processo de catalogação e seria utilizado nas atividades da universidade.
A PM foi acionada, mas os criminosos já haviam deixado o campus quando as viaturas chegaram. Câmeras de segurança registraram parte da ação, e a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso. Apesar de intensas buscas, inclusive com o uso de helicóptero, os suspeitos não foram capturados.
Desde dezembro de 2022, a UEL conta com a tecnologia SSE (Sistema de Segurança Eletrônica) no campus.
Atualizada às 16h57 de sábado (14).