O promotor de Defesa da Saúde Pública de Londrina, Paulo Tavares, afirmou hoje que está bastante preocupado com a crise na prestação de serviços pela oscip Centro Integrado de Apoio Profissional (CIAP), contratado pela Prefeitura para executar os serviços de controle de endemias, saúde da família, policlínica e Samu.
Investigado por desvios milionários de recursos públicos, o Ciap tem atrasado salário de funcionários e se recusado a cumprir os contrato.
"Estamos acompanhado com preocupação toda essa situação porque os serviços oferecidos pelo Ciap são fundamentais para a comunidade e, em condições normais, a população já sofre com a falta de médicos e tantas deficiências que o sistema oferece", declarou o promotor em entrevista à Rádio Paiquerê AM. "Assim (com a crise), fica mais difícil para a população".
Paulo Tavares lembrou que toda a responsabilidade por manter o pleno funcionamento dos serviços de saúde é do município. "Se, por exemplo, o Ciap não colocar as ambulâncias em circulação, a prefeitura é que tem que viabilizar; como gestor municipal da saúde, a prefeitura tem que resolver todos os problemas".
O promotor disse que a crise poderá ser resolvida com o fim das terceirizações, neste caso, feita através de contrato de parceria com o Ciap. "O Ministério Público vem se posicionando contrariamente às terceirizações e, quanto mais cedo houver a diminuição dessas modalidade de contratação, melhor para a sociedade e melhor para os empregados", defendeu.
Para Paulo Tavares, as terceirizações só têm trazido problemas à saúde. "O que esperamos é que esteja próximo de uma extinção dessas terceirizações, que só trazem problemas. Há quanto tempo nós já estamos convivendo com problemas relacionados a essa terceirização", questionou. "O que nós queremos é que o próprio município assuma esses serviços que são fundamentais e que nós não fiquemos à mercê de parcerias, de desvio de verbas".