Um levantamento parcial da auditoria interna do município na folha de pagamento revelou que a Prefeitura de Londrina tem cerca de 160 mil horas extras armazenadas para pagamento, o que corresponderia a R$ 2 milhões. O valor, segundo o auditor-chefe do município, Osvaldo Alves de Lima, vem se acumulando nos últimos anos e em muitos casos já está prescrito porque não foi pago no prazo legal de cinco anos.
Além do pagamento em folha, parte das horas-extras armazenadas pode ser compensada com folgas. Lima acrescentou que o problema só foi amenizado porque o prefeito Nedson Micheleti (PT), logo que asumiu o cargo, no início do ano, baixou um decreto proibindo que se faça novas horas-extras. As exceções só podem ocorrer com a aprovação prévia de Nedson.
Outro problema encontrado na auditoria na folha de pagamento foi o grande número de faltas de trabalhadores justificadas com atestados médicos. Um levantamento feito no ano passado demonstra que, de janeiro a outubro de 2000, o custo com as faltas foi de outros R$ 2,2 milhões, que foram pagos.
Lima estima que em dois meses o trabalho da auditoria na folha da prefeitura esteja concluído. Depois, o relatório será encaminhado ao prefeito.
* Leia mais em reportagem de Lúcio Horta na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira