A Câmara de Vereadores de Londrina avaliou nesta segunda-feira (14) um projeto que prevê mudanças na lei que regulamenta a atividade de feirantes na cidade. A medida foi criada depois que a CMTU propôs a mudança de feirantes que estão na avenida São Paulo esquina com Espírito Santo para o alto da rua Alagoas, sob argumento de que o espaço ocupado atualmente prejudica o fluxo do trânsito.
A intenção do projeto é evitar que o alvará de licença possa ser cassado ou anulado sem direito de indenização ou reclamação legal ao feirante. De acordo com Rodrigo Gouvêa (sem partido), autor do projeto, os feirantes teriam "mais segurança e não estarão sujeitos a decisões arbitrárias".
José Ramatiz Vargas, representante dos feirantes, foi à Câmara para criticar a forma como o caso vem sendo conduzido pela CMTU. Segundo ele, a companhia não está aberta ao diálogo. " A CMTU marcou reunião apenas para determinar o que seria feito. Eles usam o argumento do trânsito, mas São Paulo tem fluxo de veículos muito maior que em Londrina e não enfrenta problemas. Essa retirada não se justifica por nada", protestou.
O líder do Executivo na Câmara, Sebastião dos Metalúrgicos (PDT) saiu em defesa da CMTU. "O prefeito não está contra o trabalhador. Mas tudo nesse mundo tem normas que devem ser cumpridas", declarou.
O projeto recebeu substitutivo que será analisado pela Comissão de Justiça.