O Ministério Público (MP) vai ajuizar, na tarde desta quinta-feira (5), nove novas ações penais contra treze suspeitos de integrar o mega esquema de exploração sexual de adolescentes descoberto em Londrina em março deste ano, após o auditor Luiz Antônio de Souza ser flagrado com uma adolescente de 15 anos em um conhecido motel da cidade. Dos 13 denunciados, oito já haviam sido acionados pelo MP em processos apresentados nos últimos meses e cinco ainda não haviam tido os nomes citados.
Destacam-se, na lista dos denunciados, os nomes do auditor Luiz Antônio de Souza e do fotógrafo e ex-assessor do Governo do Estado, Marcelo Caramori. Já os cinco denunciados pela primeira vez seriam dois empresários, um advogado, um auditor e uma aliciadora. Eles ainda não tiveram os nomes divulgados pelo MP.
Eles vão responder por exploração sexual e estupro de vulnerável, já que algumas das vítimas identificadas nesta fase das investigações tinham menos de 14 anos na época dos abusos. À rádio Paiquerê AM, a promotora Suzana de Lacerda disse que os crimes teriam sido praticados pelos acusados entre os anos de 2003 e 2014. Conforme ela, os denunciados são suspeitos de contratar programas sexuais de ao menos 15 meninas com idades entre 11 e 17 anos.
A promotora garantiu, ainda, que as investigações relacionadas ao mega esquema continuam.
Balanço
Em seis meses, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) concluiu 39 inquéritos sobre a rede de exploração sexual. Até então, 33 pessoas foram indiciadas, sendo nove aliciadoras e 29 contratantes dos programas sexuais das adolescentes. O órgão também já identificou 32 vítimas do esquema.