Londrina

Movimento exige manutenção da profissão de carroceiro

05 set 2012 às 17:56

A Concha Acústica no início do mês de março foi ponto de encontro escolhido por cerca de 40 carroceiros, para protestar contra o projeto de lei 213/2011 e para formar a associação dos carroceiros de Londrina. Foram eleitos o presidente e o vice- presidente, entre outros membros que compõem a diretoria. O objetivo era, com tentativas, modificar o projeto que estava na câmara, que regulamentava a circulação de veículos de tração animal e previa que em seis anos os trabalhadores desta área deixassem de circular na zona urbana de Londrina e exercessem a função apenas no perímetro rural.


Segundo o atual presidente da associação, Giuliano Custódio, os carroceiros foram informados sobre o projeto, por intermédio do meio de comunicação online, o site Bonde. Dois dias após a descoberta, marcaram uma reunião na Concha Acústica.


Estava previsto no projeto, algumas exigências, tais como, a carga horária máxima de oito horas diárias e 40 horas semanais, para a circulação dos veículos de tração animal, que deverá ser cumprida das 8h às 18h. O animal deverá ser cadastrado e ter atestado de sanidade, e os veículos não deverão ser conduzidos por menores de 18 anos além de obedecer às regras de trânsito.


Foi estipulado também, equipamentos como, freios mecânicos, película refletiva de todos os lados, placa de identificação, rodas pneumáticas, colete refletivo, entre outros. Além disso, Giuliano Custódio, presidente da associação, afirma que Borrozino, ex-diretor da CMTU, também estava com o objetivo de padronizar as carroças na cor vermelho e cinza, a mesma usada para a padronização dos táxis de Londrina. Segundo Borrozino "O texto original é claro, a Prefeitura quer regulamentar e não extinguir os carroceiros".


Giuliano Custódio, o Giu da Carroça, argumenta que a profissão é uma tradição em sua família "Aprendi com o meu avô, que foi o primeiro carroceiro de Londrina, Vicente Coutinho Mariano, que hoje é falecido. Exerço essa função há 32 anos, iniciei aos 9 anos de idade e, desde então, tiro o sustento da minha família através da carroça e pretendo continuar. Em Londrina há aproximadamente 600 carroceiros, entre eles, 300 cadastrados, que também utilizam essa fonte para o sustento de suas famílias".


A Associação dos Carroceiros solicitou ao ex Prefeito de Londrina, Barbosa Neto, o atendimento de alguns itens para que houvesse organização e planejamento dessa categoria de trabalhadores, tais como, uma sala na Secretaria do meio ambiente (SEMA), coletes sinalizados, carteiras da associação, placas de identificação para carroças com numeração, regularização do INSS, contratação de mão de obra da CMTU, para limpeza dos depósitos irregulares de materiais, ampliação dos ecopontos, entre outros. "Vamos solicitar a prefeitura também, para nos ajudar a conseguir apoio da assistência veterinária da UEL", afirmou Giuliano Custódio, Presidente da Associação.

Associação foi ao Plenário da Câmara de Vereadores para que o líder do executivo na ocasião, Jairo Tamura (PSB), retirasse de pauta o projeto que regulamenta a categoria, e obtiveram sucesso. "Após o período eleitoral retornaremos há discussão do projeto, pois, entendemos que essa regularização se faz necessário, porém discordamos da limitação do perímetro relatada no projeto". Afirmou o presidente da associação.


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