Marcelo Moacir Borelli, 33 anos, um dos criminosos mais perigosos do Estado, voltou a movimentar hoje (25/06) o Fórum de Londrina. Protegido por forte esquema de segurança - 20 agentes da Polícia Federal armados com metralhadora e cinco viaturas, três delas de escolta - Borelli compareceu na 5ª Vara Criminal para participar de uma audiência com a juíza Oneide Negrão sobre um processo em que é acusado por policiais federais de falsificar documentos, mostrados durante sua prisão em 7 de setembro de 1999, na Rua Goiás, área central de Londrina.
Na ocasião, procurado pela comarca de Cornélio Procópio, onde teria se envolvido em um caso de roubo de cargas, Borelli foi abordado no interior de uma picape. Ele teria se apresentado aos policiais como Carlos Alexandre da Silva, que também deve comparecer à próxima audiência, provavelmente em agosto. Silva registrou boletim de ocorrência por roubo de documentos. A sentença deve sair em setembro.
Segundo os agentes da PF, ele teria mostrado RG e CPF com traços de falsificação grosseira. O advogado de defesa, André Luiz Salvador, disse que o cliente nunca portou a documentação falsa. Neste caso, ele seria enquadrado em um outro crime - identidade falsa, com pena bem mais leve. Os documentos estão sendo periciados a pedido da Justiça. O promotor da vara, Eduardo de Mello Chagas Lima, lembrou que Borelli já confessou a falsa identificação na unidade da PF em Brasília, onde está preso.
Borelli nunca foi condenado pela Justiça. Atualmente, ele responde a cinco processos. Um por tortura contra uma criança em São José dos Pinhais, outro por roubo de ouro no Aeroporto de Brasília, outro por contrabando de armas em Curitiba, outro pelo assalto da Proforte em Londrina, além do processo que o trouxe ontem ao Norte do Estado.
Borelli veio de Brasília em uma avião fretado pela Polícia Federal. Chegou em Londrina às 11h30 e decolou da cidade às 16 horas.