A 17.ª Regional de Saúde (RS) pretende instalar em Londrina e região 40 mil ''armadilhas'' para mapear o avanço da dengue ao mesmo tempo em que elimina ovos e larvas do mosquito transmissor Aedes aegypti. A proposta foi levantada na manhã desta segunda, durante um encontro na sede da Regional.
A reunião contou com a participação de professores e pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), agentes de saúde de Londrina, Cambé e Ibiporã, além de vereadores e do promotor de Defesa Paulo Tavares e do Coordenador da Vigilângia Estadual de Saúde, Francisco Konolsaiseen.
''Discutimos propostas apresentadas na reunião anterior, que resultaram em sete subprojetos. O principal deles será a implantação de armadilhas contra o mosquito'', explicou o diretor da 17ª RS e coordenador do encontro, doutor Gilberto Martin.
A ''armadilha'' citada por Martin (chamada de subprojeto 4) consiste na implantação de 25 cápsulas plásticas em cada nove quadras. Serão usados 20 mil armadilhas em Londrina e 20 mil nas cidades da região. Além de funcionar como ''radar'', mapeando a baixa ou alta incidência do mosquito, a cápsula funcionará como ''redutor de foco'', eliminando futuros transmissores.
O projeto deve ser implantado ainda este mês em Londrina, que será a primeira cidade a usar tal método de combate à Dengue. Também estão sendo desenvolvidas propostas ligadas à conscientização e mobilização da comunidade, além da inclusão de agentes comunitários no Programa de Estrutura de Saúde da Família (cada equipe passaria de quatro para seis técnicos monitorando residências).
A secretaria municipal de Saúde confirmou ontem os números atualizados da dengue em Londrina. Os novos números apontam para 10.560 casos notificados e 3.350 casos positivos de dengue no município. Na semana passada, haviam 10.450 notificações e 3.119 casos confirmados de pessoas que contraíram a doença. Mesmo com os números novos, a secretaria entende que a epidemia continua sua curva decrescente.