A Casa Abrigo, mantida pela Prefeitura de Londrina, está passando por reformas. De acordo com a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, a obra deve ser finalizada até maio. O valor investido é de R$ 85 mil, provenientes de recursos municipais.
O local passa por melhorias em toda a estrutura, principalmente em seu telhado que, com as fortes chuvas, sofreu estragos. Também estão sendo feitos consertos nas instalações elétricas e hidráulicas, nova pintura e calçada com piso tátil.
O local tem capacidade para 10 mulheres. Após a reforma, a Casa Abrigo contará com capacidade para 20 mulheres. "Para nós essa reforma está sendo maravilhosa, porque passaremos a contar com uma capacidade maior para abrigar as mulheres. A Casa Abrigo é fundamental para o segmento de violência contra a mulher que nós trabalhamos, é um braço da secretaria", disse a secretária municipal de Políticas para Mulheres, Sonia Medeiros.
A casa fica em local isolado e sigiloso com proteção da Guarda Municipal para abrigar de forma segura mulheres em situação de violência e passíveis de morte. Com elas, seus filhos de até 18 anos são mantidos sob proteção.
A diretora de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, Lucimar Rodrigues, disse que há uma grande diversidade dentro da Casa Abrigo, mulheres de todas as idades e classes sociais têm todo o tipo de assistência, atendimento social, psicológico e de enfermagem.
"A mulher que está abrigada passa por vários atendimentos diários, oficinas sobre autoestima, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros. Além de auxilio sobre o andamento do seu processo na lei Maria da Penha", contou a diretora.
Processo - O encaminhamento das mulheres para a Casa Abrigo é feito através do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CAM), que fica na Avenida Carlos Gomes, 145. O horário de atendimento é de segunda a sexta feira, das 8 às 18 horas.
As famílias abrigadas ficam durante aproximadamente três meses na casa, o que se refere ao tempo do trâmite para realizar a medida protetiva dessas mulheres e filhos pela lei Maria da Penha. Entre os anos de 2013 e 2014, foram atendidas 181 pessoas, entre mulheres e crianças.
A secretária Sônia Medeiros contou que o trabalho conta com envolvimento não apenas das secretarias de Políticas para as Mulheres, mas também de outras secretarias. "Nós procuramos a família dessa pessoa, quando não existe família nós tentamos conseguir um imóvel da Companhia de Habitação de Londrina para ela poderem viver, e assim vamos trabalhando numa transversalidade com outras secretarias."